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Depois de rejeitar meu infiel companheiro Alfa, a deusa da lua me designou o Rei Lycan!
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Ponto de vista de Anaiah

Meu nome é Anaiah Ross. Sou a loba mais odiada da alcateia porque, quando me transformei pela primeira vez, matei o irmão do nosso Alfa, Tomas Rivers, que tentou me estuprar.

Tomas era um pedófilo que me tocava onde não devia quando ninguém estava olhando, e é por isso que não me arrependo do que fiz.

Mas, desde aquele dia, a alcateia me maltrata. Eles me batem, me deixam morrendo de fome e me obrigam a limpar a casa dia após dia. Tentei falar que apenas me defendi, mas não acreditaram em mim. A esposa de Tomas, Leah, negou todas as acusações e disse que o marido era perfeito, mas sei que ela sabe a verdade.

Até meus pais me deram as costas, porque, após o assassinato, eles foram rebaixados de Gama para Ômega, considerado o elo mais fraco da alcateia. Outros são até fortes, mas a maioria não passa de faxineiros e ajudantes, sem nenhum papel importante, como lutar em guerras ou se envolver em assuntos políticos.

"Cadê aquela v*ca?!", diz Leah com desprezo. Reviro os olhos porque, de todo mundo aqui, é ela quem faz da minha vida um inferno pior ainda. Eu deveria ter sido banida depois de matar Tomas, mas meus pais imploraram por mim, dizendo que era minha primeira transformação e que eu apenas perdi o controle.

Saio do meu quarto, que é minúsculo e fica ao lado da despensa no segundo andar. Há um colchão e um espelho velho e quebrado — tenho apenas algumas roupas e sapatos e uns livros favoritos.

Saio me preparando mentalmente para todos os insultos e surras que vou receber. Solto um grunhido. Quando chego na sala principal, vejo Leah de pé, elegante num vestido longo e salto alto, com uma mão no quadril enquanto bate o pé no chão com impaciência. Com a outra mão, ela joga um tecido amarelo na minha cara assim que me aproximo. Eu o tiro do rosto e jogo no chão, irritada.

"Hum...", digo, apontando para o vestido caído. Então, Leah fica furiosa e me dá um tapa. Eu não esperava por isso — minto, esperava, sim. Ela me dá um tapa forte no rosto, e sangue escorre do meu nariz enquanto caio no chão com o impacto. Em seguida, ela chuta minha barriga, me fazendo grunhir. 

"Te falei para lavá-lo à mão!", grita. Com isso, cubro meu rosto enquanto recebo um golpe atrás do outro. As coisas funcionam assim desde o dia em que o marido dela morreu, e eu estou aqui para sofrer por todo o ódio dela.

Quando ela cansa de me bater, me levanto e vou ao banheiro dos Ômegas para me lavar. A água está fria, e fico toda arrepiada. Com calma, tomo um banho e saio para tomar café da manhã, deixando meu hidratante lá e vestindo as roupas que usei mais cedo. Mais de 100 pessoas moram aqui, em suítes luxuosas com suas famílias, enquanto aqueles que são fora da curva ou não possuem famílias têm quartos minúsculos.

Com apenas alguns outros Ômegas para me ajudar, preparo o café, composto por salsichas, bacon, torradas, ovos e feijão. Eles tomam um café da manhã inglês completo. Quando estou começando a me servir, o vejo: Amos, nosso futuro Alfa e um dos lobos mais fortes que existe, um grande jogador e um Cassanova. Ainda assim, continuo tendo um pouco paixonite por ele.

Palavra-chave: um pouco.

Na maioria das vezes, ele me irrita e me maltrata. Da última vez, derramei café na namorada dele, Eunice, e ele me bateu. Minha loba interior queria revidar, mas eu sabia que isso poderia acabar com as nossas vidas num instante.

O olhar de Amos se cruza com o meu, e ele visivelmente enrijece e arregala os olhos. Ignoro esse comportamento estranho e continuo pegando o café, deixando para lá todos os comentários maldosos a meu respeito. Até olho para os meus pais, mas eles apenas me veem com desprezo e ódio. Então, respiro fundo e vou embora, triste, com meus olhos cheios de lágrimas, mas sem chorar. Não posso ser fraca. Preciso sair desse lugar quando fizer dezoito anos e começar uma nova vida, então prometi a mim mesma que seria forte. Vou sobreviver e aguentar toda a pancadaria.

"Não se preocupe, nosso companheiro vai nos amar", diz minha loba, Chalo, sorrindo.

Um companheiro é a alma gêmea que completa a vida de um lobo e que consegue sentir quando o outro está machucado. É o que a minha loba quer desde que aprendemos o que isso significa, e ela acredita que ele irá nos salvar de toda a dor e tortura e nos amar para sempre, nos fazendo ser a linda família que eu não tive.

Vejo alguns estudantes indo para a escola e sorrio. Sinto falta de ir para lá apesar de só pregarem peças em mim, mas os professores eram legais porque eu era uma aluna nota 10 e ganhava a maioria das competições. No entanto, o Alfa e Luna me tiraram de lá no segundo ano do ensino médio, porque disseram que não podiam gastar dinheiro comigo quando eu só era boa em limpar e cozinhar e, sejamos sinceros, não entraria numa boa faculdade.

Após terminar minhas tarefas, decido pegar uma vitamina D lá fora, já que estou pálida demais por ficar dentro de casa. Quando o sol toca minha pele, sorrio, e minha loba ronrona. Então, me escondo nas arquibancadas enquanto assisto aos guerreiros da alcateia treinarem. Gosto de fazer isso para poder aprender algumas defesas básicas.

O Dawnrise não é a melhor alcateia e só sobreviveu até agora por manter um bom relacionamento com outros bandos fortes, como os Lycans, que são como reis para nós. O maior medo do Dawnrise é irritar um bando mais poderoso, e, portanto, todos os anos, ele realiza uma cerimônia de renovação dos seus tratados, em que festejam e celebram as alianças que foram feitas há muitos anos.

Então, sinto uma mão agarrar meu cabelo por trás e caio com as costas no chão. É quando vejo Eunice em cima de mim, de braços cruzados e com um sorriso triunfante no rosto. Faço uma careta e tento me levantar, mas um chute no estômago me impede. Ela rosna e, junto com duas amigas, me bate várias vezes.

"Nunca mais olhe para o meu namorado!"

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