Home/ A Rainha Luna Completed
Sendo uma garota sem loba que ninguém desejaria no bando, fui escolhida pelo Rei Alfa.
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Três dias depois e o bando Greyhemm ainda comemorava o nascimento das duas belas filhas de seu Alfa, que também estava mais feliz do que poderia imaginar.

O bando festejava, cheia de música e dança enquanto a noite caía com risadas ecoando pelo ar, mostrando que dias melhores estavam por vir.

As bebidas fluíam, Were-Ale se embebedava como se não houvesse amanhã, com a música cada vez mais alta. Era a primeira noite em que Luna se juntava à festa após um parto tão difícil. Ela se sentou na cadeira elevada ao lado do companheiro que havia escolhido, com as mãos entrelaçadas. Sua pele ainda estava pálida, mas o sorriso em seu rosto era genuíno. Muitos acreditavam que eles seriam amaldiçoados a sofrer até a morte quando Alfa Greyhemm rejeitou sua verdadeira companheira para ficar com ela.

Todos desejaram que eles realmente sofressem, mas lá estavam os dois; apaixonados, felizes e abençoados com duas lindas filhas. Luna ergueu a cabeça, zombando deles em seu interior. Sabia que algumas daquelas pessoas diante dela sentiam uma enorme inveja, xingando-a em vão, já que ela tinha conseguido tudo o que queria. Ela se uniu a um Alfa e deu a ele não uma, mas duas filhas que trariam ainda mais abundância ao bando quando garantissem um bom casamento.

Ela inclinou a cabeça, pensando em todas as famílias com as quais suas filhas poderiam se casar, as que aumentariam a sua fortuna. No topo da lista, estava a família real, mas isso seria muito difícil até para ela. Ninguém via os três príncipes desde o seu nascimento. Não sabiam se eles ainda estavam vivos, mas poderiam ter a esperança de que sim.

O próximo na lista era o filho de Alfa Herbwolf, que veio de um dos bandos mais ricos da área. Um sorriso se abriu em seu rosto. Ela tinha muito anos para planejar o futuro de suas filhas, porque, com certeza, ambas estariam casadas aos dezoito anos. E talvez ela ainda pudesse dar um filho ao seu escolhido companheiro. Ela daria, sim, não havia nada que a impedisse de abrir as pernas para o companheiro e parir um filho seu, um que carregaria o legado da família. Foi um bom começo com as gêmeas, porém mais viriam.

Luna Greyhemm estava radiante, uma vida maravilhosa a aguardava.

Os seus olhos encararam de repente a enfermeira que corria até ela. A mulher estava com o cabelo solto, suor cobria a sua testa. Luna suspirou com um revirar de olhos, sabia que a enfermeira só lhe traria mais estresse. Ela não precisava disso, deveriam simplesmente deixá-la em paz. Já havia dado à luz, o que mais poderiam exigir francamente.

As pessoas se viraram para observar, acompanhando a enfermeira atravessar a pista de dança com lágrimas escorrendo pelo rosto, a face avermelhada.

O Alfa e Luna ficaram em alerta ao notarem isso, o Alfa se levantou para ouvir o que deixou a enfermeira tão angustiada. A mulher se atirou no chão perante ele, chorando de cabeça baixa, palavras tropeçavam sem parar para fora de sua boca.

O bando ficou em silêncio. A enfermeira ergueu a cabeça, juntando as mãos ao olhar para o rosto do Alfa, para dizer algo que chocaria o bando todo.

"Thyra... A Thyra sumiu, Alfa. Alguém a levou e... E deixou outro bebê no seu lugar. Eu não... Eu não..." A enfermeira não conseguia nem terminar de falar, ela mesma não entendia. Ela estava lá, estava sentada bem ali. Em um minuto, as luzes piscaram e, quando ela espiou o berço, o bebê que estava deitado com gêmea mais velha não era Thyra. A criança estava enrolada no que ela imaginou ser a pele de algum animal desconhecido, com os olhos completamente escuros. Aqueles olhos sombrios a encararam como se fossem de um demônio vindo direto do inferno.

O Alfa não precisou ouvir mais, ele correu com o máximo da velocidade, abrindo caminho entre o seu povo para chegar a suas filhas. Ele amava aquelas garotas com todo o seu coração e desde que segurou os seus corpos pequeninos nos braços, jurou protegê-las até além do túmulo se fosse possível.

Ele empurrou a porta do berçário, as outras enfermeiras encaravam o berço com lágrimas nas faces. Parecia que o seu coração ia parar, pois, assim que entrou, ele sabia que tinha algo errado. Podia sentir o fedor da escuridão no ar, tanta escuridão que sentia até o gosto.

Os seus olhos se fecharam ao alcançar o berço. Quando os abriu, encontrou a sua primogênita dormindo e, ao lado dela, estava um bebê que ele não reconhecia. Uma criança que parecia muito estranha e possuía profundos olhos vermelhos, que o miravam como se vissem a sua alma. O seu coração se partiu assim que o bebê sorriu e gargalhou como se estivesse rindo dele. Cerrou os punhos, lançou a cabeça para trás em um uivo tão alto que todos os bandos mais próximos vieram correndo.

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