Home/ A Vida Feliz após o Divórcio Ongoing
Depois de me divorciar de um milionário, tornei-me também um bilionário.
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"É só você assinar o acordo do divórcio que eu faço o que você quiser." Cuspiu com frieza o homem parado em frente às cortinas.

Sentada na ampla cama branca, Christina Silva tremia de tanto chorar, e lágrimas caiam nas costas de suas mãos.

"A gente tem que se divorciar?"

Seus olhos se embaçaram. Ela ainda tinha alguma esperança.

O olhar cruel de Adolph Santos permaneceu sobre o rosto da mulher apenas por alguns segundos. Ao ver sua pobre expressão, ele franziu a testa.

A luz fraca do abajur ao lado da cama iluminava o rosto claro e chamativo dela. Ela não era nenhuma beldade à primeira vista, mas, por sorte, seus traços eram suaves, e suas expressões imbuídas por um traço de gentileza, o que dava às pessoas uma sensação de frescor.

Nesse momento, os olhos da mulher, cheios de amor, imploravam. Seu cabelo preto, caído sobre os ombros, acentuava seu tom de pele claro como a neve. Fosse ele um homem qualquer, ela o teria agradado.

No entanto, para Adolph, ela era a personificação da monotonia e do aborrecimento.

O casamento com Christina não passava de obra do acaso para início de conversa.

Há três anos, ele sofreu um acidente de carro que o incapacitou. O resultado foi que ele não teve escolha a não ser terminar com sua original namorada, e sua mãe, para que a família Santos não ficasse sem herdeiros, forçou-o a ter um filho com a mulher que ela escolheu.

Num acesso de raiva, ele apontou na direção da cuidadora ao lado da cama. "Já que eu preciso casar mesmo, pode ser com ela!"

Aquela cuidadora era Christina. Ele a investigou e descobriu que ela vinha de uma família simples e que tinha um caráter dócil e obediente.

Mas agora, não havia motivos para ela ficar aqui.

"Você ficou três anos comigo. Tem vinte milhões no cartão, é suficiente para você viver bem pelo resto da vida." Adolph pegou o cartão do banco e o colocou em cima da mesa.

"Por que a gente tem que se divorciar agora?"

Lágrimas escorriam pelas bochechas de Christina; seus olhos tinham se enchido de angústia. Ela se perguntou por que três anos não tinham sido suficientes para comovê-lo.

Pensou que depois que ele tinha se recuperado, eles teriam uma vida melhor. Ela ainda tinha muitos desejos que queria que realizassem, como viajar, escalar, acampar, ter filhos e passar o resto da vida juntos.

"Porque eu não te amo!"

O homem disse a verdade em um tom indiferente. "Na minha vida, eu só vou amar a Emily Casa. Ela voltou, e eu quero casar com ela."

Foi como se o coração de Christina tivesse sido perfurado por uma lança. Doía tanto que ela não conseguia respirar.

Depois de esse homem, que tinha recebido seu carinho e cuidado por três anos, se recuperar, a primeira coisa que vinha a sua mente não era ser grato, mas, sim, abandonar a esposa e se casar com a ex-namorada?

Que piada!

"Adolph..." Christina ainda queria dizer algo, mas foi interrompida bruscamente pelo mordomo, que entrou às pressas no quarto.

"Seu Adolph, a senhorita Casa não está muito bem. Por favor, venha depressa dar uma olhada!" Havia um quê de nervosismo na voz do mordomo.

A expressão de Adolph mudou, e ele passou por Christina, saindo do cômodo. Sua voz estava cheia de perturbação. "As pessoas cuidam dela no hospital?"

Em um instante, sua figura desapareceu pela porta, deixando Christina sentada na cama, atordoada.

Ela achou que o homem ficaria no hospital naquela noite, no entanto, para sua surpresa, ele na verdade trouxe Emily de volta.

Christina parou nas escadas e olhou para as duas no andar de baixo. O rosto de Emily estava branco como papel, o que exalava uma espécie de beleza doentia e o que fez com que Adolph, que a segurava em seus braços, franzisse o cenho, como se também ele sofresse!

Por acaso Christina já tinha sido tratada dessa forma quando estava doente?

Emily abriu os olhos devagar e, com uma das mãos, agarrou as roupas que cobriam o peito do homem, dizendo de forma quase inaudível: "Adolph, a senhorita Silva..."

Adolph olhou para a mulher no andar de cima, e o calor de seu rosto deu lugar à indiferença. "Vou resolver as burocracias do divórcio daqui a três dias, então daqui a três dias você tem que sair daqui."

A seguir, ele abaixou a cabeça e se mostrou preocupado com a mulher em seus braços. Christina não conseguia ouvir o que diziam. Resumindo, tratava-se do carinho inatingível que ela almejava.

Ele carregou Emily até o andar de cima. Enquanto passava por Christina, Emily lhe lançou um olhar provocativo.

Adolph entrou na suíte principal com a mulher no colo. A porta foi fechada de maneira nem suave nem forte. Christina tremia e teve que se segurar no corrimão para manter o equilíbrio. Então, chorou silenciosamente enquanto todas as coisas boas de sua vida desmoronavam.

Foram dez anos. Seu amor não correspondido tinha durado dez anos!

Desde que ele a tinha salvado, esse amor durou até hoje. Seu coração foi dele durante dez anos, deixando uma marca permanente em sua memória.

O amor, porém, era muito injusto: aquela que tinha dedicado a vida ao relacionamento não podia ser correspondida, e ainda tinha que sofrer. Pior ainda era que, no fim das contas, ela tinha sido derrotada por um mero olhar de sua oponente.

"Dessa vez eu preciso deixá-lo ir."

Christina retirou a sua mão e lentamente se endireitou. Seus olhos cheios de lágrimas estavam mais limpos e brilhantes agora.

Não importa o quão apaixonada ela fosse por ele, seus sentimentos tinham sido gradualmente reprimidos.

Estava na hora de colocar um fim nesse amor ridículo e humilhante.

Ela voltou ao quarto e pegou o acordo de divórcio. Quando estava prestes a assinar, seu olhar recaiu sobre o nome. Lágrimas encheram seus olhos e, sem conseguir contê-las, deixou uma gota cair.

Ela as enxugou e escreveu seu nome com alguns traços.

Christina Silva.

Já que ela tinha assinado esse nome pelos últimos três anos, então deveria acabar dele!

Dali em diante, não era mais Christina Silva, mas sim Christina Granger.

Simples assim, aquele casamento acabou. Ela jogou os papéis de divórcio de volta na mesa e pegou o amuleto de jade escondido debaixo do travesseiro.

Tinha levado um ano inteiro de trabalho árduo para talhá-lo. Sempre que estava se dedicando a ele, ao pensar que o marido poderia gostar muito do presente, ela, sem perceber, ficava acordada talhando até depois da meia-noite, até ficar com os olhos vermelhos.

Infelizmente, esse presente não podia ir para as mãos do destinatário.

Christina Granger riu de si mesma. Qual seria a diferença de dar o amuleto? Não importava o tanto que ela tinha se esforçado no presente, acabaria sendo uma porcaria sem valor nenhum deixada de lado do mesmo jeito.

Ela fez as malas, e um carro já a esperava do lado de fora da mansão. Christina entrou nele, cansada e abatida. "Me divorciei."

No banco do motorista, o homem com uma letra tatuada no braço esquerdo estalou os dedos. "Muito bem!"

Ele se inclinou e lhe entregou o laptop. "Você está de volta à vida de solteira. Viva! Milady, bem-vinda de volta ao seu império."

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