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Abandonei minha herança para me casar com um pobre, mas ele me traiu!
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O final do outono na Cidade L estava extremamente frio e chuvoso.

Carolina Schubert estava no jardim, toda encharcada pela chuva. Ela não parava de tremer.

Os servos da família Birmingham iam e voltavam. Eles passaram por ela várias vezes, mas ninguém parou para conversar, como se Carolina fosse invisível. Demonstrando muito respeito, eles acompanharam um médico de jaleco branco para dentro da mansão.

Ninguém se importava com a mulher. Os servos sequer olhavam para ela, a esposa legítima do jovem mestre da mansão.

No fundo, Carolina também sabia que, apesar de estar na família Birmingham havia mais de três anos, ela não era nem mesmo tão importante quanto o cachorro criado pela irmã de Moeen Birmingham.

Além disso, a mulher não era nada comparada a Xiomara Lambert, cunhada de Moeen. Ele a amava mais do que tudo.

Poucos minutos atrás, Carolina e Xiomara caíram na piscina juntas. A parte mais funda da piscina tinha apenas 1,5 metros de profundidade. No entanto, o homem mergulhou na água e salvou Xiomara de imediato.

Sem sequer olhar para Carolina, que ainda estava se debatendo na água, ele correu para dentro da mansão, carregando a cunhada. Em seguida, até ordenou que os melhores médicos da cidade viessem checar a condição dela.

Todos na família Birmingham davam muita atenção a Xiomara, mas ignoravam Carolina, como se a mulher fosse lixo. Ninguém pareceu se preocupar com ela em momento algum.

Arrastando os pés, Carolina voltou lentamente para o quarto. Ela tomou um banho e vestiu um velho pijama, antes ir para a cama se aquecer. Sem perceber, a mulher caiu no sono de tão exausta que estava.

.…..

"Levanta!"

Carolina ouviu uma voz fria.

Ela abriu os olhos aos poucos, e alguém puxou as cobertas de cima dela. Quando a mulher viu que era Moeen, os olhos ficaram marejados de lágrimas na mesma hora.

“Moeen, como tá a Xiomara?” Carolina sentou-se. Enquanto esfregava as têmporas, ela viu a expressão sombria do homem e disse com a voz rouca: “Eu não empurrei ela”.

Moeen lançou-lhe um olhar gélido. Com desprezo, ele ordenou: “Levanta. Vem comigo até o hall ancestral”.

Ao ouvir isso, Carolina despertou no mesmo instante. Ela olhou para o homem, incrédula. Então, suportando a dor que sentia, perguntou: “Por quê?”

"Você vai se desculpar!" Moeen nem se deu ao trabalho de olhar para ela. Ele a arrastou para fora do quarto, como se estivesse levando um saco de lixo.

O homem estava irritado demais para falar com Carolina. Xiomara era frágil e estava sempre doente. Apesar de ele ter chamado o médico assim que ela caiu na água, o bebê na barriga dela não conseguiu sobreviver.

Aquela criança era o único filho do irmão mais velho de Moeen. Mas, por causa de Carolina, o bebê se foi. Nada restou.

Quando a mulher ouviu para onde ele queria levá-la, ficou em choque. Era como se tivessem virado um balde de água fria na cabeça dela em pleno inverno. Isso fez com que ela tivesse calafrios.

O hall ancestral da família Birmingham era um lugar perigoso. A última pessoa que entrou lá nunca mais saiu.

“Moeen, não fui eu. Me escuta...” Carolina estava se esforçando para se desvencilhar da mão do homem, mas era inútil. A dor a estava deixando pálida, porém ele fazia ainda mais força.

“Se você tem algo a dizer, diga pra toda família Birmingham”, afirmou ele com frieza.

Carolina cambaleava atrás de Moeen, e olhava para o perfil do homem. Ela arriscou cortar os laços com a própria família para se casar com ele, de tão bonito que era.

No entanto, desde que os dois se casaram, Moeen nunca a tratou bem.

Por três anos, ela acreditou que conseguiria aquecer o coração de gelo do homem. Entretanto, Carolina estava errada. Ele só tinha olhos para Xiomara.

A cunhada era a única pessoa para quem o homem demonstrava carinho, como se o coração dele pertencesse a ela.

"Me solta." A mulher sorriu com frieza, e afirmou em um tom monótono: “Eu consigo andar sozinha”.

Moeen olhou para ela, e o desgosto nos olhos castanhos dele era evidente. Ele apertou os lábios, contendo toda a raiva que sentia, e continuou andando em direção ao hall ancestral.

Carolina olhou para as costas do homem. Ela achava que esses três anos haviam sido uma grande piada.

A mulher estava descalça, vestindo um roupão que caía até os joelhos. Ela se aproximava aos poucos do hall ancestral, que estava bem iluminado. Ele nem lhe deu tempo para colocar chinelos.

Ela se lembrava muito bem que, dois dias atrás, Moeen se ajoelhou aos pés de Xiomara e a ajudou a colocar meias e sapatos de couro, porque ela queria sair de sandálias.

Além disso, ele não parava de insistir que a cunhada precisava se cuidar e se manter aquecida.

Carolina sorriu com desdém. A estadia dela na mansão da família Birmingham parecia uma piada de mau gosto.

Os membros da família Birmingham estavam todos esperando por ela no hall ancestral.

"Se ajoelha!" O olhar do velho perfurou o coração de Carolina como uma faca, de tão feroz e cruel que era. A mulher estava tão tensa que mal conseguia respirar.

Além disso, como estava com uma febre alta, o rosto dela estava vermelho. Ela olhou para todas aquelas pessoas, que a consideravam um demônio.

Contudo, ela não havia feito nada de errado. Por que precisava se ajoelhar?

Carolina decidiu continuar de pé e declarou: "Não vou me ajoelhar!"

Vendo que a mulher não admitiria derrota, o velho mestre Birmingham ficou tão furioso que jogou o copo que estava segurando perto dos pés dela. Ele rugiu: “Se ajoelha!”

Os cacos de vidro cortaram os pés de Carolina. A dor era tamanha que ela não conseguia respirar.

Ao ver que a mulher não estava com medo, o velho mestre Birmingham a repreendeu com severidade: “Carolina, é melhor se ajoelhar e pedir desculpas agora mesmo!”

Ela suportou a dor e endireitou as costas. Depois, reuniu coragem, olhou para o velho e respondeu: “Eu não empurrei a minha cunhada! Já que não fiz nada de errado, não vou me ajoelhar e pedir desculpas”.

“Parece que ela não vai se arrepender! Alguém bate nessa mulher até ela se ajoelhar!” Com raiva, o velho apontou para Carolina.

“Sim, ela foi longe demais! Além de ter machucado o filho da Xiomara, se recusa a admitir que fez isso!”

"Pois é. Se não dermos uma boa lição nela, que outras coisas terríveis ela vai fazer?

“Pobre mestre Birmingham... Ele perdeu o único filho!”

......

Todos olhavam para Carolina como se estivessem olhando para um monstro terrível. A ferocidade nos olhos deles cortavam-na como se fossem adagas.

Carolina permaneceu ali, olhando com calma para todos. Apenas a sogra, Sarah Suárez, que costumava tratá-la muito bem, estava preocupada com ela.

Vendo que os pés da nora estavam sangrando, Sarah sentiu pena de Carolina. Ela olhou para o velho mestre Birmingham e disse: “Ela ainda é tão novinha. Tenho certeza de que sabe muito bem que fez uma coisa errada. Por que nós não...”

O velho fulminou Sarah com o olhar. Na mesma hora, ela ficou em silêncio e não se atreveu a terminar a frase.

Ao ver que os pés de Carolina estavam cobertos de sangue, a mulher foi até Moeen e sussurrou: “Moeen, a Carolina tá machucada. Ela é a sua esposa. Você precisa levar ela pra descansar...”

O olhar sombrio do homem se tornou cada vez mais gélido. Ele exclamou com desprezo: "Uma pessoa tão cruel assim não é a minha esposa!"

Incrédula, Carolina olhou para o marido. Moeen inclinou a cabeça, e os olhos dele e da mulher se encontraram. Havia apenas ódio na expressão do homem quando ele disse com frieza: "Carolina, você tá sozinha agora!"

Ao pensar que o filho do irmão havia se tornado uma poça de sangue, a hostilidade dele aumentou ainda mais. Ele puxou Sarah para longe, pois não queria ficar perto da esposa.

A irmã mais nova de Moeen nunca gostou da cunhada. Ela se aproximou e, com os saltos altos, chutou a perna de Carolina. O velho insistiu: “Faz ela se ajoelhar”. Carolina permaneceu firme e encarou Moira Birgminham, que repetiu: “Se ajoelha”.

Ela empinou o nariz, deu um sorriso de escárnio e disse à cunhada: “O vovô quer que você se ajoelhe!” Em seguida começou a chutar repetidamente os joelhos da outra mulher. Ao ver que Carolina continuaria sendo teimosa, Moira deu um tapa no rosto dela e depois chutou com força a parte de trás dos joelhos da cunhada.

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