Dizia que, naquela noite de lua cheia, o poderoso Duque Harry se transformaria em um terrível lobisomem. Inesperadamente, uma noite, uma menina humana acidentalmente descobriu o segredo do Duque, forçada por ele a fazer um pacto, e não teve permissão para escapar. "Mulher, de agora em diante, você é minha!" "Agradeça-me, e eu lhe darei toda a minha riqueza e poder..." Confinada, torturada, ela finalmente perdeu a paciência: "Quero me divorciar de você!" "Quer se divorciar de mim? Querida, eu não estava me esforçando o suficiente ontem à noite?..." E assim, ela não pôde lutar e foi empurrada para a cama novamente...
Em uma noite onde as estrelas pareciam ter desaparecido, a Lua cheia era a única fonte de luz no céu, exceto por uma intrigante mancha vermelha.
Nos arredores do subúrbio, a densa floresta se mantinha em silêncio absoluto.
Porém, de repente, em meio ao vento gélido que soprava, um grito cortante ecoou pelos ares: "Ahh!".
Na escuridão das profundezas da mata, Grace Astor se contorcia debaixo do homem horrível que, sorrindo sadicamente, a pressionava contra o chão e rasgava suas roupas. Com suas mãos imundas, ele explorava cada parte do corpo dela, deixando-a em estado de pânico e dor.
Desesperada, ela lutou com todas suas forças e clamou: "Saia daqui! Não me toque!".
Contudo, o homem riu loucamente e afirmou: "Sua mãe te vendeu. Agora, você é minha. Posso te tocar do jeito que eu quiser".
Grace se sentia atordoada e confusa. Nem em seus piores pesadelos teria imaginado que a mulher que tanto estimava seria capaz de fazer algo tão cruel com ela. Até já havia considerado perdoá-la por ter lhe tirado seu pai, mas, depois dessa, não podia deixá-la sair impune.
Enquanto refletia sobre isso, Grace usou uma das mãos para empurrar o homem que estava sobre ela e, com a outra, tateou o chão, em busca de algo.
Com uma pedra pontiaguda em mãos, ela não hesitou em golpear o sujeito com força, fazendo-o gritar e rolar para o lado, gemendo de dor.
Sem perder tempo, Grace levantou-se e, rapidamente, se virou, iniciando uma fuga desenfreada.
O brilho do luar era tênue, e ela se encontrava perdida, sem saber para onde ir. No entanto, mesmo sem rumo definido, corria o mais rápido que conseguia.
"Pra onde pensa que vai, v*dia!?" O homem pôs a mão na nuca e ergueu-se com dificuldade. Seu rosto, cheio de cicatrizes, estava retorcido e sombrio, e ele passou a persegui-la a passos largos. "Acha que pode fugir? Quando eu te pegar, vou te quebrar toda!"
Grace tremia de medo, mas firmava seus dentes e não se permitia parar de correr. Ela jurou a si mesma que, mesmo que fosse morrer, não permitiria que esse repugnante indivíduo a capturasse tão facilmente.
"Não corra! Venha aqui, agora!", em seu encalço, ele berrava, assustando até os pássaros nas árvores, que, agitados, alçavam voo, dando à floresta uma sensação ainda mais sinistra.
Grace corria cada vez mais rápido, mas estava se perdendo em meio às árvores. Ela se via incapaz de encontrar uma saída, e o homem a seguia como uma sombra persistente.
Depois de correr por um tempo, suas pernas fraquejaram, e ela caiu, exausta. Enquanto tentava recuperar o fôlego, o homem a alcançou e a derrubou novamente. Montando em suas costas, ele desferiu dois tapas violentos em seu rosto. "Tente fugir de novo pra ver o que acontece..."
Sem forças para resistir, Grace levantou a pedra que segurava e a apontou para suas próprias têmporas, parecendo prestes a desistir de tudo.
No entanto, um uivo de lobo a interrompeu, vindo de não muito longe.
O homem ficou chocado ao perceber que haviam lobos na floresta.
Esquecendo-se de Grace, ele arregalou os olhos e examinou os arredores com cautela.
Aproveitando a chance, ela empurrou-o para longe dela, antes de se levantar e fugir para dentro da mata mais uma vez. Seu coração batia forte, e ela não tinha ideia de quanto tempo havia passado. Mas, quando ergueu a cabeça, viu um castelo imponente à sua frente, construído em estilo gótico e completamente negro.
Seus portões eram tão escuros quanto o breu, formando um enorme abismo de horror inescrutável, que brilhava à distância.
Grace sentia um medo profundo, mas seu algoz seguia caçando-a.
Sem alternativa a não ser avançar, lhe restava correr em direção ao castelo.
Cambaleando, ela adentrou o recinto, tomada por uma mistura de agonia e pavor.
Suas roupas estavam amassadas e rasgadas, e sua pele clara estava coberta de feridas. Cada passo que dava era um fardo para ela.
À medida que se aproximava, o homem ameaçou cruzar os portões, mas foi detido por uma sombra escura, que emergiu da construção antiga e voou ao seu redor, acompanhada por terríveis estrondos de raios e trovões.
Era possível notar que as trevas permeavam o interior do castelo, criando uma atmosfera opressiva e soturna.
Com a respiração ofegante, Grace se amparou no batente da porta. Seu belo rosto, agora, denotava palidez, e sua pele macia encontrava-se coberta por uma película de suor. Ademais, seus lábios tremiam, em um sinal claro de sua apreensão.
Erguendo a mão trêmula, ela enxugou a testa, tentando se recompor.
Porém, no momento em que se preparava para explorar o castelo, Grace foi, mais uma vez, surpreendida pelo uivo repentino de um lobo...