Home/ Casei com o Homem Implacável Completed
Por mais bonita e bem-sucedida que eu fosse, meu marido sempre trazia várias garotas para casa e dormia com elas...
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Ninguém sabe o quanto sempre me senti impotente por trás de todo o meu glamour.

Sou uma das modelos mais disputadas da área do entretenimento. Sou linda e tenho milhares de fãs no Facebook, mas tudo isso parece não ter importância alguma aos olhos do meu marido.

"Perfeito!" Ainda perdida em pensamentos entre algumas filmagens de comerciais, a voz do meu empresário, Azy, me trouxe de volta à realidade.

Endireitei as costas, abri um sorriso profissional e confiante, e logo a filmagem foi concluída sem imprevistos.

"Oh, meu Deus! Você é a definição da perfeição, Jazzie", Azy veio me elogiando como sempre, gastando todo seu repertório de palavras bonitas comigo.

Sorri e continuei em silêncio. Tudo que eu mais queria era fazer as malas e voltar para casa agora.

Antes da sessão de fotos, meu marido havia me enviado uma mensagem dizendo que o assistente dele viria me buscar. Então fui pontual nos meus compromissos, temendo que ele ficasse insatisfeito caso eu me atrasasse. Sim, apesar de estarmos casados há três anos, ainda tomo cuidado a cada passo que dou. Faço de tudo para agradá-lo e ganhar seu coração, apesar de tudo ser em vão, já que todos os dias eu o ouço com outra mulher no quarto ao lado. 

Mas o que posso fazer se ainda o amo? O amor pode ser cego, então, enquanto ele ainda estiver ao meu redor, nada mais importa.

Caminhei em direção ao camarim e me sentei cansada em frente a um espelho para meus três assistentes se aproximarem de mim e retocarem minha maquiagem, um pó aqui, um batom ali, a vida típica de uma modelo.

"Linda, sexy, rica e mais outras mil características admiradas pela maioria dos homens", Azy continuou enquanto apontava para mim.

Revirei os olhos no espelho e suspirei. A maioria dos homens me admirava, exceto o meu marido. "Pare com isso, Azy. Você sabe o quanto odeio esses elogios", reclamei.

Ele revirou os olhos enquanto virava seu cabelo comprido imaginário. "Meu Deus! Jazzie, não sei se você está apenas bancando a humilde ou se você realmente odeia a verdade. Ai! Se eu tivesse esse rosto e esse corpo, eu faria aquilo não só na passarela, mas também na cozinha, na sala de estar, até mesmo no banheiro", disse ele gargalhando.

"Você só fala besteiras, Azy Angelo."

Rapidamente, o rosto dele mudou. "Oh, meu Deus! Minha orelha, oh, meu Deus!" Ele cobriu as orelhas com o dedo.

Ri e, em seguida, peguei meu telefone que estava tocando.

Meu rosto ficou sem emoção quando vi o nome na tela e deslizei o botão de atender.

"Você já terminou?", uma voz fria falou na linha.

"Sim", respondi enquanto sinalizava para meus assistentes pararem.

Eles se afastaram de mim para me dar privacidade.

"Jaime já está na entrada te esperando", ele disse antes de desligar.

Respirei fundo ao perceber a falta de preocupação dele e guardei o telefone na bolsa. Sempre foi assim, não é, Jazzie? Você já deveria ter se acostumado com isso há muito tempo, não deveria?

"Tenho mais algum comprimisso esta semana?", perguntei mirando Azy do espelho.

Ele fez beicinho. "Você tem uma sessão de fotos em Paris, mas é óbvio que não quer ir", ele parecia mal-humorado e descontente.

Não é que eu não quisesse ir, só estava preocupada de que meu marido me esquecesse se eu ficasse longe dos olhos dele. Talvez você considere o meu amor muito despretensioso, e posso te garantir que até tentei evitar esse sentimento, mas suporto todo tipo de mágoa quando estou ao lado dele.

"Você tem várias ofertas no exterior, mas não aceita nenhuma delas. Você está perdendo tantas oportunidades, Jazzie."

Forcei um sorriso e fechei a bolsa. Depois caminhei em direção a Azy e gentilmente toquei seu ombro.

"Estou muito bem aqui nas Filipinas."

Ele me encarou e soltou um suspiro. "Se essa é a sua decisão, não posso fazer mais nada. Sua agenda está livre esta semana como você pediu."

Fiz uma careta e agradeci antes de me despedir. Cinco guarda-costas me cercaram assim que saí do prédio, e algumas câmeras piscaram instantaneamente enquanto eu caminhava em direção ao carro que havia sido enviado por quem havia me ligado antes.

Fiquei chocada ao ver uma pessoa dentro do carro enquanto me sentava no banco de trás. Limpei a garganta e me recompus enquanto me inclinava contra o assento.

"Você gosta mesmo de câmeras, hein?", o homem ao meu lado falou.

Evitei revirar os olhos e apenas olhei pela janela, logo avistando os três paparazzi que estavam me observando mais cedo. Eles não conseguiam nos ver agora por causa do insulfilm.

"Sou uma modelo, Valjerome. Isso é normal."

Como se você não soubesse o quanto eu queria ser uma modelo...

Ou talvez...

Você simplesmente esqueceu.

Ele não disse uma palavra e sinalizou para o motorista começar a dirigir. Percebi que ele se reclinava no assento, mas não me dei ao trabalho de olhar para ele porque estava cansada depois de duas horas na frente da câmera.

Eu estava prestes a fechar os olhos para descansar um pouco quando ele falou novamente.

"Você tem uma oferta em Paris?"

Suspirei, e então ele se virou e encarou meus olhos.

Era óbvio que ele sabia sobre Paris, com tantas conexões, isso não era nada surpreendente. Eu ficaria admirada se ele não soubesse nada sobre as propostas que eu recebia.

"Não se preocupe, eu recusei o convite", respondi amarga.

"Bom", ele disse enquanto voltava para sua posição.

Apenas meneei a cabeça e me encostei para tirar uma soneca.

"Você não vai embora. Não vai escapar", eu o ouvi sussurrando antes de cair no esquecimento.

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