Home/ A Conexão Destinada com Dois Alfas Completed
Nenhum humano poderia trabalhar sob os dois chefes lobisomens bissexuais, exceto eu, a companheira humana deles...
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Ponto de vista de Rafael Colins

Olho pela janela do passageiro, observando os humanos desconhecidos seguindo com suas vidas chatas enquanto vamos de carro para o trabalho. Somos donos da maior empresa de tecnologia do país e trabalhamos com humanos, mas não os toleramos. Solto um riso irônico enquanto os fito com nojo, pois mal me lembro da sensação de ser humano, tampouco quero ser fraco daquele jeito de novo.

Os humanos são revoltantes. Eu odeio essa parte do trabalho, odeio ter que tolerar esses seres nojentos. Mas eu tenho que tentar me lembrar de que só precisava tolerá-los por algumas reuniões. Normalmente, eu mando Evan para essas coisas, ele lida melhor com humanos e não deseja o sangue deles, nem tem fome pela morte deles ou os mesmos impulsos que eu tenho.

Evan é um Lycan e, antes de me conhecer, ele tinha a própria alcateia, mas eu não aguentava ficar perto deles. Era demais para a minha sede de sangue, uma fome insaciável capaz de deixar qualquer um louco. Mesmo assim, cá estou eu, prestes a sair do carro e entreter um bando de idiotas. As coisas que se fazia por meu companheiro… Mas ele sacrificou toda a sua alcateia para ficar comigo como meu companheiro, então eu posso fazer isso por ele.

"Pare de se remexer e de alimentar sua ansiedade", Evan me diz enquanto entra na rua principal que leva ao nosso trabalho. "Sério, Rafael, para. Você não pode entrar lá de mau-humor. A última coisa que eu preciso agora é tentar encobrir que você matou outro empregado. Lembra do drama da última vez?", ele afirma.

Rosno em resposta. Ele não tem que lidar com o chamado do sangue dos humanos. Não tem que lidar com ouvir a conversa interminável na cabeça deles como eu tenho. Eu suspiro, tentando me acalmar.

O trânsito está horrível e, de repente, um carrinho vermelho nos corta antes de pisar fundo nos freios, fazendo com que Evan puxe o freio de mão com força para conseguir parar antes de bater com tudo na traseira daquele idiota. Evan buzina, afundando a mão na buzina e xingando baixinho. A humana à nossa frente baixa a janela de repente e tem a audácia de nos mostrar o dedo do meio por termos buzinado, sendo que foi ela que nos cortou. Como ela ousa? Rosno, já levando a mão para a porta, querendo ensinar boas maneiras para aquela mulher.

Evan agarra meu braço e balança a cabeça. O carrinho ziguezagueia para longe, entrando e saindo do trânsito, e mais carros buzinam para ela enquanto ela corre para seu destino. Evan muda de faixa e noto o carro entrando no mesmo estacionamento para o qual estamos indo: o estacionamento de funcionários. Mmm, eu vou gostar de fazê-la chorar por ter sido rude.

"Hã, que hilário. Eu me pergunto qual dos nossos funcionários nos cortou e nos mostrou o dedo", Evan ri. Eu abro um sorriso amarelo, sabendo que o dia daquela mulher estava prestes a ficar muito pior uma vez que Evan descontasse sua raiva naquela pessoa sem consideração. Evan estaciona e vejo o carrinho vermelho ir para a parte de trás enquanto vamos à nossa vaga reservada perto do elevador. Nosso elevador de sempre está quebrado, então eu já estava sofrendo em antecipação por ter que usar o elevador principal e ir até o andar do hall de entrada em vez do andar do nosso escritório.

Saio do carro e sigo até onde vi o carro da mulher ir.

"Rafael, deixa para lá. Podemos checar as câmeras e descobrir quem é a mulher", Evan diz. Eu rosno, mas o sigo. É, ele está certo em fazê-la vir até nós. Isso colocaria medo nela. Eu rio com esse pensamento; nós raramente estamos por ali, mas ninguém gosta de cruzar o nosso caminho.

Vou em direção ao elevador, com Evan ao meu lado quando entro, arrumando seu terno cinza. Sinto os cheiros remanescentes dos perfumes das pessoas e de seu suor. Meu nariz queima enquanto eu tento não inalar aqueles odores ruins. Evan pressiona o botão, mas, antes que as portas se fechem, ouço alguém correndo. Sorrio, sabendo que deveria ser a mulher que nos cortou. Um rosnado escapa de mim e eu fico prestes a impedir as portas de se fecharem, com a intenção de dar uma lição naquela mulher da qual ela jamais se esqueceria. Contudo, alguém coloca a mão na porta antes. Sou atingido pelo cheiro dela e todo o meu corpo fica tenso quando aquela beldade entra no elevador, sem perceber que está sendo observada por dois predadores prestes a perder o controle.

Ela está no telefone, descalça e claramente com pressa, pois sequer olha para cima. Fico feliz com isso, pois o cheiro dela está tomando conta de mim. Posso sentir meus olhos mudando, minhas gengivas formigando. Observo enquanto ela coloca os sapatos, sem se dar conta nenhuma de está pressionando seu traseiro contra mim quando se inclina, calçando os saltos. Sinto meu p*u se contrair nas calças e luto contra a vontade de grunhir e possuí-la.

"Companheira", ouço Evan sussurrar, baixo demais para que ela ouvisse também. Meus pensamentos estão consumidos com aquela beldade ao meu alcance. O cabelo castanho como chocolate dela cai pelo ombro enquanto ela luta com o fecho do salto, segurando o celular contra a orelha.

Eu quero desesperadamente que ela se vire, para que eu possa ver a mulher que havia provocado meus sentidos e deixado minhas calças desconfortáveis. Ela está completamente absorta ao meu esforço logo atrás dela. Evan agarra meu braço enquanto eu luto contra a vontade de tocá-la, e viro os olhos para ele, que está do outro lado da mulher.

Ela não faz ideia de que o mundo dela está prestes a virar de cabeça para baixo, pois ela não vai escapar de nós. Não. Essa mulher será nossa, queira ela ou não. Minha mão se mexe por conta própria enquanto eu luto contra a vontade de possuí-la. A mulher pula quando entro em contato com a pele macia e delicada dela. Eu me sinto como se estivesse em um transe enquanto subo a mão pela lateral do corpo dela, sentindo arrepios por minha palma antes de ela se afastar de súbito, um grito saindo de seus lábios cheios. Eu sei que ela consegue sentir. Ela me encara e murmura um pedido de desculpas. Os instintos dela devem estar lhe dizendo que há algo de errado conosco. Humanos não entendem por que se sentem daquele jeito perto de nós e está claro que eu a havia assustado, a julgar por seu coração acelerado e pelos arrepios que sobem por seus braços. Somos predadores e ela havia acabado de se tornar nossa presa. Eu vou devorá-la. Ela será nossa.

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