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Para evitar que meu pai Alfa me casasse com o lance mais alto, escapei e encontrei minha companheira.
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PONTO DE VISTA DE BRIDGETTE:

Não pude deixar de soltar um suspiro de alívio quando me acomodei no banco da frente do Dodge Challenger azul que aluguei. Finalmente livre, para pensar, sonhar e agir como eu quiser.

Meu pai fez uma festa em minha homenagem, para todos os solteiros de famílias influentes por toda a Europa virem e me examinar como um produto. Eu sei que meu pai me ama, mas ainda é extremamente frustrante sempre ser uma peça de jogo político dele. Meus instintos foram aguçados e senti que meu pai planejava me casar com quem desse a maior oferta, para se dizer. Uma vozinha em mim gritava, implorava, para eu fugir até não conseguir mais ignorá-la e, sob as sombras, eu escapei do castelo e corri o mais rápido que pude até chegar na América.

Deixei minha mente vagar enquanto dirigia pelas colinas da Pensilvânia, para o sul. Para aquelas montanhas cobertas de árvores e colinas, um ar fresco em abundância, tão grande que me fez uivar como um lobo. Oh, sim, eu sou uma lobisomem.

Sou da alcateia de River Tay, na Escócia, e minha família sentiu que era meu dever aceitar o destino do meu sexo e me estabelecer com uma loba esposa, de preferência com um Alpha, e ter filhotes o mais cedo possível. Meus pais são líderes de um bando, o Alpha e a Luna, ambos bem sucedidos e muito poderosos, devotos à alcateia e completamente altruístas por eles, isto até terem sua primeira filha.

Meu nome é Bridgette Ryan, a única menina de Ethan e Maggie Ryan, irmã de Angus, Berit e Blaine. Por mais que toda minha família fossem em tons de ruivo, eu era de longe a mais diferente deles. Meu cabelo avermelhado era profundamente ruivo, não o laranja de sempre, mas como de sangue, longo e ondulado, caindo até abaixo de minha cintura. Meus são olhos azuis, não o cinza dos Ryan, mas um forte azul caribe. Frequentemente riam de mim ou me castigavam por tingir meu cabelo ou usar lentes de contato, nenhum dos dois era verdade.

Memórias surgiam dentro da minha cabeça enquanto eu continuava dirigindo para West Virginia, meu destino final. Minha voz, minha loba, tinha insistido para que eu me aventurasse por lá. Ela não deu nenhum motivo específico, mas tudo que eu queria era algo tranquilo, uma adorável cidadezinha montanhosa, não terrivelmente pequena, mas também não grande suficiente para que eu pudesse refletir sobre minha vida. E sem lobisomens, eu espero.

Minha loba Ciara era uma bela espécime. Ela era do tamanho médio para uma loba, porém, sua pelagem era de um profundo vermelho vinagreiro, com pontos pretos e marrons ao redor de suas costas, orelhas e focinho. Sua mandíbula inferior era branca, junto de seu corpo, até as duas meias brancas que combinam perfeitamente, cobrindo suas patinhas da frente.

Ciara era uma loba linda e apaixonada e sempre me senti afortunada por tê-la como a segunda parte da minha alma. Nosso único desacordo era sobre ter um parceiro, onde nossas mentes frequentemente destoam. Ela acreditava que vir para a América seria bom e nos encontraria os parceiros ideias. Aquela persistência me incomodava e eu lhe dava sermões por isso. Ciara queria muito um parceiro e não gostava do fato de eu não me importar com isto.

As meninas deveriam encontrar seu companheiro, destinado ou escolhido, se estabelecer até se tornar uma chocadeira de novos lobos.

Eu não era esse tipo de garota e jamais seria. Prefiro me condenar do que ter que escolher um parceiro do meu bando. Sinceramente, não quero um parceiro em um geral, me sinto perfeitamente ok estando sozinha.

Porém, estou ciente de que a minha alcateia, especialmente meu pai, jamais permitiriam isto. Eu sabia que minha hora chegou, conseguia ver perfeitamente o rosto pálido de meu pai, sua barba ruiva e olhares cinzentos profundos, me encarando com rigidez. Ele descobriu que eu escapei antes de sua longa e bem elaborada valsa. Oh, ele vai estar furioso.

Claro, meus pais já haviam perdido a paciência comigo há muito tempo. Afinal, 22 anos e nenhum parceiro, meu pai até tomou a liberdade de fazer uma festa em minha homenagem, convidando todos os Alphas da Europa para me conhecer. A melhor oferta, maior aliança e maior riqueza faria do lobo de sorte meu marido, e eu seria trocada como mercadoria pelo tesouro deles.

Apenas mais alguns quilômetros descendo a encantadora estrada da montanha antes de chegar ao meu destino. Reservei uma suíte no hotel Hampton em Morgantown. Estava ansiosa pela tranquilidade e conforto de poder me reinventar em quem eu quiser na vida, sentir algo novo.

Depois de um banho quente, liguei meu celular e vi a enxurrada de mensagens e ligações perdidas surgindo na tela.

[Bridgette, sua mãe e eu estamos completamente enojados com seus atos. Você precisa voltar para casa agora e acabar com esta loucura imediatamente.] 20:41h Pai.

[Estamos preocupados. Para onde você foi?! Por favor, responda para sabermos que está bem.] 20:45h Mãe.

[Onde di*bos você está?!] 18:45 Mere, minha querida amiga.

Suspirei para mim mesma enquanto lentamente comecei a digitar uma mensagem para meus pais. Eles precisavam saber pelo menos que estou a salvo, mesmo sem intenção alguma de voltar antes do fim das minhas duas semanas.

[Estou bem, tomando um tempo para mim mesma. Não se preocupem comigo, estarei em casa daqui a uma quinzena. Por favor, sem mais filantropia, eu me recuso a voltar antes disso. Entendo que estão irritados e sinto muito por isso. Mas eu preciso fazer isto por mim antes de ser forçada a escolher um parceiro, ou escolher um por mim. Com amor, sua querida filha, Britty.]

Fiz uma careta enquanto lia minha resposta dos meus pais. Recusei até a ler as mensagens dos meus irmãos. Leio elas depois, só porque eles aparentemente eram os filhos perfeitos, não significa que tem direito de me dar lição de moral.

[Te ligo mais tarde. Com amor, Britty.] Mandei para Mere. Ela provavelmente estava andando pelo castelo preocupada comigo.

Claro, assim que enviei as mensagens, o telefone começou a tocar. Meu pai ligando, obviamente estaria furioso. Olhei para o celular vibrando, o rosto do meu pai na tela e, relutantemente, aceitei a ligação, na qual imediatamente me arrependi quando ouvi a voz grave do outro lado da linha.

"Bridgette Ryan, para onde di*bos você também foi? Eu exijo que volte para casa agora mesmo! Faz ideia do que fez eu e sua mãe passaram? Da vergonha que você fez nossa família inteira passar?! De ter convidado os Alphas de toda a Europa por você, só para descobrir que a garota que eles queriam sumiu sem deixar rastros! Sem nem comentar o desespero que você fez a sua pobre mãe passar! Sua criança egoísta! Volte aqui agora Bridgette!" O forte sotaque escocês do meu pai cheio de ódio e choro começou a sair do celular.

“Sinto muito, papai, mas estou segura. Só preciso de um tempo para organizar as coisas na minha cabeça. Eu mal conseguia falar tudo quando ele desligou o celular de novo. Estava cheio de raiva, dava para sentir a aura de um Alpha dele até pelo celular.

"Sério, o que se passa na sua cabeça! Você vai voltar e vai ser agora. Os Alphas ainda estão aqui e podem até desconsiderar o seu desrespeito. Eu garanti para eles que sua beleza é digna do tempo." Senti meu rosto corando de raiva com o meu pai falando isso. De novo, ele me usando como moeda de troca no meio da conversa.

"Eu não sou um produto para ser vendida, pai! Eu sou um ser vivo, e mereço amor e respeito, não ser dada pelo preço maior em um leilão! Diga para os Alphas que já estou seguindo o meu caminho e não vou voltar para casa nem tão cedo. E para a mamãe que eu amo ela." E, com isso, desliguei o telefone antes que ele pudesse gritar de novo. Consigo ver o rosto dele na minha mente, seus olhos cinzentos queimando de ódio, com seus cabelos vermelhos quase da mesma cor que seu rosto naquele momento.

Assim que desliguei o telefone, a tela se iluminou e surgiu o nome "PAI" novamente na tela. Apertei o botão de ignorar e rapidamente desliguei o telefone de novo.

"Oh, todos os poderosos Santos, preciso beber." E, com isso, me levantei, resolvendo ir para o clube local próximo, um lugar escuro cheio de música alta e muito, muito álcool. Exatamente o que eu preciso agora.

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