Home/ Alfa, fique comigo! Completed
Tornando-me a empregada do frio Alfa, fui mimada por ele!
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POV de Daniela

"Acorda!"

Eu pulei da cama, pronta para lutar pela minha vida enquanto a voz alta ecoava pelas paredes do meu quarto. Porém meus pés se emaranharam nos lençóis e acabei plantando bananeira no chão. Gemi e esfreguei meu nariz pulsante. Maldição! Graças à Deusa pela cura de lobisomem, caso contrário, eu teria certeza que iria precisar de uma cirurgia de nariz.

"Daniela!" a voz chamou novamente, o aborrecimento claro em seu tom agora, e assim que falou, dois braços fortes me pegaram e me levantaram do chão. "Deixe de enrolar e levante-se!"

"O quê----?!" Eu murmurei ainda meio adormecida e tentando entender o que estava acontecendo ao meu redor. Finalmente, consegui me virar e, mentalmente, deixei escapar outro gemido quando finalmente reconheci a quem a voz pertencia. Era meu irmão mais velho - e tutor fictício - Tyler. Ele estava correndo no escuro, pegando o que podia e enfiando numa bolsa. Agora, pessoas normais ficariam um pouco assustadas ao verem o irmão pegando tudo o que possa ser vendido, mas honestamente, depois de cinco anos lidando com essa merda, eu já me acostumei.

Dessa vez eu gemi alto e, sem olhar para trás, voltava para a cama e me deixava cair de novo nas cobertas quentes.

Tyler tinha problemas.

Embora fosse mais velho que eu por vários anos e supostamente fosse meu tutor, ele aparentemente não tinha o que era preciso para se organizar. Ele sempre estava fugindo de agiotas, mafiosos ou algum outro esquema ruim de "ficar rico rápido" que tinha dado errado. Ele falava grosso, fazia exibicionismo e depois sumia por meses fazendo - só a Deusa sabe o quê! E então - do nada - ele voltava assim: correndo pela nossa casa antiga, procurando qualquer coisa para vender.

Bem, seja lá o que estivesse acontecendo dessa vez, eu não iria---

"Vamos lá!"

Ele gritou diretamente no meu ouvido, fazendo-me saltar quase meio metro no ar. Ainda quase não tinha me levantado, quando notei seu grande corpo sumindo pela porta, sem me dar nenhuma direção do que diabos eu deveria fazer.

Exceto voltar a dormir, aparentemente...

Sabendo que se eu o irritasse, ele ficaria bravo comigo - e eu quero dizer MUITO bravo! - me forcei a sair da cama. Nossos pais morreram em um acidente de carro cinco anos atrás junto com nosso irmãozinho, Dug. E embora os lobisomens se curem mais rápido e geralmente não sejam tão fáceis de matar, há algumas lesões das quais nem mesmo o lobo pode se recuperar. O que me deixou sozinha com Tyler, que "por sorte" tinha 18 anos na época e ganhou a minha custódia.

Não é que ele realmente se preocupasse comigo ou algo do tipo. Mas ele gostava de receber todos os benefícios que tinha com o acordo. Enquanto ele estava por aí fazendo suas coisas, eu mal conseguia sobreviver. Como vasculhar o lixo atrás de grandes shoppings e fazer minhas próprias roupas. Felizmente, você pode mentir online e criar uma conta bancária separada e, já que eu era - não para me gabar - uma artista bastante talentosa, ganhava dinheiro suficiente para pagar as contas.

"Tyler?" Eu perguntei, cuidadosa com meu tom para não irritá-lo. "O que você está---?"

Quase colidi com ele novamente quando ele voltou, desta vez com uma grande mochila e --- e eu finalmente acordei quando percebi que ele estava esvaziando minhas gavetas e armário na bolsa.

"O que você está fazendo?" Eu suspirei enquanto pulava e tentava puxar a bolsa das suas mãos. Quer dizer, claro que eu estava acostumado com o comportamento de Tyler ao longo do tempo. Ele não tinha consideração pelo espaço pessoal, coisas, ou mesmo dinheiro. Há muito tempo ele havia esvaziado as economias que nossos pais fizeram para nós e qualquer coisa que tivesse algum valor, ele penhorava em algum lugar. O quarto dos nossos pais estava vazio e tudo que Dug possuía havia sumido. Até algumas das minhas coisas haviam desaparecido com o tempo.

Agora, eu podia odiá-lo por isso, e de certa forma eu fazia, mas --- eu simplesmente não conseguia fazer isso... Na maioria das vezes, até mesmo o encobria. Mentia para os assistentes sociais e para quem mais fosse, só para nos manter juntos. Ele era um cretino e um péssimo irmão na melhor das hipóteses, mas... O que eu posso dizer? Ele era família. A ÚNICA família que eu tinha.

O lobo era sangue...

Mas sério! Roubando minhas roupas?! Elas não valiam nada e eu certamente não estava prestes a andar pelado pelo território da matilha. Lobisomem ou não...!

"Não tenho tempo para explicar", disse Dyllan rispidamente, mas não tentou pegar a bolsa de volta. "Arrume o que você precisa! Nós vamos embora em 10 minutos."

Indo embora?!

"O QUE?!" Eu gritei para a figura que se afastava, mas ele apenas repetiu a ordem para arrumar as coisas. Um segundo depois eu podia ouvi-lo mexendo em suas coisas, resmungando e xingando para si mesmo. Eu suspirei e por um segundo, me perguntei se este era o dia que eu deveria me manter firme e exigir que chega é chega. Que eu não queria aguentar mais a sua porcaria... Mas conhecendo ele, ele iria conseguir o que queria de um jeito ou de outro. Ele pode ser meu irmão, mas gentil ele não é. Ele me bateria e ameaçaria minha vida até que eu fizesse o que ele queria. E embora eu fosse forte e pudesse me defender --- bem, vamos dizer apenas que eu tentei isso uma vez e descobri que ferimentos de faca são péssimos!

Especialmente quando você quer se sustentar criando arte…

E com isso, comecei a colocar mais coisas necessárias na mochila, junto com qualquer coisa que considerasse valiosa. Como a única foto de família que eu tinha dos meus pais e irmão mais novo, e uma foto emoldurada de um desenho que minha mãe tinha feito para mim.

O desenho que me inspirou a me tornar um arquiteto…

Fui ao banheiro para pegar o que precisava de lá, xingando mentalmente quem quer que tenha dado a alguém como meu irmão o poder de ditar meu futuro por mais 3 anos. Sim, ele realmente conseguiu convencer alguns bastardos de que eu era retardado e precisava dele como meu tutor por mais 3 anos; até que eu completasse 21 anos. E claro, receber a dose saudável de dinheiro que o governo fornecia aos pobres e necessitados!

Que bem isso lhe fez…

"Vamos!" Tyler rosnou impacientemente, assim que eu tinha colocado um par de jeans desgastado e uma camiseta grande que pertencia ao meu pai. Aparentemente cansado de esperar por mim, ele pegou meu braço e me puxou pelo corredor até a porta da frente. "Não temos muito tempo!"

Estávamos atrasados para algo, pensei mentalmente. A esta hora?! Queria ter coragem para questioná-lo mais, suspirei e o segui sem---

Eu arfei quando tropecei para a fria noite, mal conseguindo me segurar na grade. Sim, eu era muito, muito desastrada. Você pensaria que, sendo parte loba, eu teria alguma graça natural a meu favor. Mas não! Eu era tão desastrada aos 18 quanto um potro recém-nascido. Eu detestava isso, mas por algum motivo, minha loba pensava que ajudaria se ela rosnasse para o batente da porta. Como se isso ensinasse a coisa a ficar no nosso caminho!

Loba estúpida...

Levantei-me e segui Tyler para o carro. Era mais um - como em toda vez e como todas as vezes antes dessa - e eu suspeitava que ele o tinha roubado. Mas eu não comentei. Apenas joguei minha mochila no banco de trás e sentei no assento do passageiro.

"Para onde desta vez?" Eu perguntei, conscientemente me inclinando contra a janela e o mais longe possível dele, caso ele perdesse as estribeiras. Eu ainda estava meio adormecida, mas completamente irritada. Não que eu fosse deixá-lo saber disso. E não, não era a primeira vez que meu irmão me acordou no meio da noite e me puxou para fora da casa para ficar em algum motel ruim por alguns dias. Neste ponto, eu estava apenas furiosa com todo o dever de casa e os projetos em que ficaria para trás quando ele considerasse seguro reaparecer.

"Tudo a seu tempo, maninha," ele murmurou antes de acelerar ao máximo. E com isso, minha vida estava prestes a dar uma reviravolta inesperada...

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