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Todo conto de fadas começa com era uma vez, mas minha história ta mais para um conto de bruxas, pensei que a vida era como nos livros infantis e que toda "mocinha" no final acabava com um lindo príncipe encantado e em um feliz para sempre, isso era magnífico e eu sempre sonhei com tudo aquilo acontecendo comigo, eu boba ouvia lindas histórias contadas por mulheres que viviam no faz de contas que só elas acreditavam, seus olhos brilhavam quando contavam umas, as outras sobre seus maridos perfeitos e cheios de qualidades, o quanto eram dispostas e obedientes a eles e que os serviam majestosamente e nunca reclamavam de nada, sentiam prazer em ser submissas, lavar, passar, cozinhar, cuidar dos filhos e ainda satisfazer seus maridos a noite com prazeres sexuais, tudo sempre foi assim e nenhuma delas reclamavam, pelo contrário elas agradeciam por arrumar um homem que cuidasse delas e as alimentassem, porque assim que era o curso natural da vida e todas elas eram criadas com esse propósito logo ao nascer e seus pais descobrirem serem mulheres, na verdade, ser mulher parecia um fardo que elas tinham que carregar elas eram criadas lado a lado de sua mãe para aprender desde muito novas seu lugar em casa, nada de rebeldia e as garotas que não aceitavam as regras eram banidas de suas famílias e jogadas em prostíbulos onde eram obrigadas a se vender em troca de míseras moedas, comida e abrigo. Era tudo como uma bola de neve e isso se repetiu por gerações, o que aquelas mulheres mal sabiam era que seus maridos príncipes perfeitos eram homens nojentos que não satisfeitos com suas digníssimas esposas em casa, eram atraídos pelas mulheres da zona de guerra para lhes proporcionarem os prazeres dos desejos mais sórdidos já vistos. A hipocrisia era enorme os mesmos homens que passavam horas após o trabalho para se satisfazer com todas as mulheres da zona eram os menos que se as desprezavam quando passavam por elas e estavam na companhia de suas esposas, eles sempre as olhavam com desprezo e desdém, suas "vidinhas" medíocres eram feitas especialmente de mentiras e enganações. Na verdade, aqueles homens não mereciam metade do que recebiam, quase todos eram monstros devassos que usavam do casamento para se esconder atrás de suas faces horripilantes e maldosas, quando por algum motivo eram contrariados em seus trabalhos eles se embriagavam em bares locais e ao chegar em casa batiam em suas mulheres. Isso era inevitável em muitas famílias e no outro dia a camuflagem era a única coisa que restavam, então ao amanhecer elas se vestiam com roupas longas, cobriam seus rostos com maquiagem e sorriam como se tudo estivesse bem, serviam café matinal para suas crias e davam beijo de bom dia para seus infames esposos. Isso não aconteceu em uma época tão distante, incrível que mesmo com a evolução humana as mulheres ainda continuam a desenvolver um papel não muito valorizado na visão de uma sociedade sexista que impõe que nos devemos sempre seguir as nossas ancestrais e ser o mais flexível e submissa possível fazendo o impossível para manter nosso casamento. Até soa engraçado porque, teoricamente ninguém precisa de outra pessoa para atingir a felicidade plena, sempre tive ideias diferentes de todas as mulheres da família, e nunca fui a favor da mulher ser responsabilidade do homem, mesmo casados a mulher deve empenhar um papel no seu lar equivalente à hierarquia que o homem, ela deve ter seu trabalho e dividir todas as responsabilidades ligadas à família com seu cônjuge e não depender 100% dele, levando só o título de mãe e dona do lar. Sempre observei tudo calada, em casa minha mãe dependia de tudo e sempre que faltava algo ela era obrigada a esperar o meu velho pai comprar, quando ele estava no trabalho ou em algum lugar distante o que fazíamos era aguardar sua chegada e se fosse algo urgente tínhamos que dar um jeito, pedir a alguma vizinha emprestado ou comprar fiado na vendinha da esquina e quando acontecia isso ele sempre reclamava, pois, não podíamos adquirir sem a permissão dele, isso me deixava ali aflita, tinha vontade ajudar, mas não podia infelizmente minha idade não era suficiente para trabalhar, então eu só estudava. Mas no meu cantinho eu ficava só planeando para quando completar a maior idade, com toda certeza não iria viver do mesmo jeito que ela, só de me imaginar passando por necessidades básicas da mulher me causava ânsia, mas quando eu tocava naquele assunto, meus pais alteravam a voz, na mente deles eu estava crescendo diferente das outras meninas, porque tudo naquela cidade de "merda" era “menstruou já tá boa para casar”, credo será que eles não enxergavam que nenhuma daquelas mulheres que casavam adolescentes e só prestavam para serem procriadoras não eram nada felizes com a vida medíocre que tinha? Era super normal ver meninas que nem terminaram o ensino médio e tinham apenas 15 ou 16 anos grávidas, e os pais eram homens bem mais velhos e nojentos. Basicamente elas faziam tudo para sair de casa, porque não suportavam como eram tratadas ou, porque eram estupradas por seus pais, avós e tios, porque só ser uma “parideira” não era suficiente e muitas meninas que ficavam mocinhas, em suas casas eram brutalmente assediadas e estupradas pelos homens da família, claro, não acontecia com todas, mas com boa parte, felizmente meus pais sempre nos tratou com respeito e amor e isso nunca foi um problema lá em casa.

E como tudo tem seu início, minha história começa aqui, me chamo Estela e tenho 18 anos, antes de completar minha maior idade morava com meus pais numa cidade pequena lá para bandas de Minas Gerais, éramos 5 pessoas eu, meu pai Cléber, minha mãe Vanusa e meus irmãos Tales e Joaquim, sempre fui a princesinha da casa e eles me tratavam com muito carinho e um ciúme exagerado, devo contar que nunca fui uma mocinha fácil e sempre impus os meus desejos, não aceitavam menos do que queria e talvez por isso eu posso ter feito algumas escolhas erradas na vida. Como contei a vocês no início vivia numa casa humilde com meus pais e sempre tive o necessário para viver, agradeço-lhes por nunca ter deixado faltar comida em casa, como a cidade era pequena nos conhecíamos quase todos que moravam ali, sem contar que a maioria das pessoas eram parentes, na vila morava com minha vó e vô, tios e tias, além dos meus primos. Eu nunca fui de brigar por coisas que meus pais não tiveram condições de me dar me contentava com o pouco que era oferecido e agradecia muito por ter, mas por dentro sabia que eu teria uma longa jornada fora dali e que iria conseguir tudo que quisesse, nunca tive medo sonhei alto e apostei grande. Aos 16 anos eu já era mocinha e me comportava como meus pais pediam, todos os dias acordava cedo para ir à escola que ficava a duas quadras de casa, eu não via necessidade em me arrumar para sair e também nunca tive os recursos necessários para maquiagem, unhas e cabelo, vontade não me faltava, mas meu pai mal ganhava algum dinheiro para nos sustentar e como eu poderia exigir essas coisas dele? E na época isso era tão caro que minha mãe nunca teve, ela mal usava um batom velho que ganhara em seu aniversário, eu e minha mãe dividíamos quase tudo, entre roupas, sapatos e perfumes. Então sempre quando me levantava colocavam a farda escolar e usava aquele desodorante com cheiro de rosas que deixava a camisa toda manchada embaixo do braço. Eu sempre me achei bonita e atraente acho que isso me ajudou muito na adolescência, quando chegava na escola percebia que os meninos sempre me olhavam com desejo. Eu era alta, quadris largos e pernas grossas, boca carnuda e cabelos longos, e mesmo com pouca idade meus seios eram grandes e pareciam dois pêssegos durinhos e redondos. Sempre gostava de conversar sobre assuntos de adultos e sempre que tinha oportunidade tentava mostrar às minhas colegas que com certeza iria trilhar um caminho diferente ao da minha mãe. Apenas dois meninos me interessavam na cidade, e por azar eles eram irmãos e eram gêmeos, eles se chamavam Dom e Davi , eram idênticos dois lindos homens, altos, loiros dos olhos azuis, Dom era tranquilo e passava uma paz e calmaria através de suas palavras e sempre que eu estava com ele me sentia segura e protegida, já Davi era de estilo perigoso, gostava de fazer coisas que causava adrenalina, sua voz hipnotizava, era uma mistura perfeita e eu queria os dois, eles se encaixavam em momentos diferentes da minha vida. Ambos eram muito inteligentes, focados e davam um show em matemática e química, por coincidência eu era horrível em ambas as matérias e necessitava urgente de ajuda, então quando tive oportunidade fui direto pedir ajuda-lhes, foi incrível os dois se disponibilizaram seu dia para me ensinar, cada um em uma matéria que se identificava melhor, Dom ficou com matemática e Davi com química. Eu saia da escola direto para casa deles, Dom parecia um príncipe e me ajudava com todo carinho e dedicação possível, eu era terrível e não perdia a oportunidade para tirar uma casquinha dele, ele estava interessado em mim e como não era boba me aproveitei disso para fazer o que eu mais sonhava, fiquei numa manhã sozinha com Dom , e foi o que eu precisava, eu o agarrei e dei um beijo em sua boca, o melhor beijo que podia ter acontecido, ele retribuiu intensamente e foi maravilhoso, nos dois nos conectamos imediatamente e depois disso só queríamos ficar cada vez mais juntos. Infelizmente eu não podia ficar com os dois e quando Davi soube que eu estava namorando seu irmão sofreu muito, eu não sabia mais ele fantasiava ficar comigo e tudo que ele queria era uma oportunidade para demonstrar sua paixão. A revolta dele foi extensa, para tentar atingir deu irmão ele conseguiu incendiar uma casa que eles construíram quando eram menores, ele simplesmente fez uma solução química que sabor explodindo o lugar em pedacinhos. Depois disso seus pais o separaram e mandou Davi para algum lugar distante que ninguém revelou para nós, o tempo passou e eu estava com Dom , mas sempre pensava em Davi , a vida era calma ao lado dele mais eu não era, e estava tudo tão monótono que eu estava me cansado daquilo, sentia saudades até do jeito que Davi me olhava, aquele jeito mal e orgulhoso, às vezes eu o desejava comigo ardentemente. Até que um dia eu resolvi sair mais cedo para o colégio, eu sempre saia no horário e passava na casa de Dom para irmos juntos para escola, esse dia eu saio mais cedo de casa queria ficar um tempinho a mais com ele, mas ao chegar próximo à casa dele percebi que a porta estava entre aberta e de lá saia uma menina que sempre me humilhava ela se chamava Stefany era famosa por ser inescrupulosa e vil, ria de mim e sempre que me via ao lado de Dom , ela soltava frases ridículas que me ofendia bastante, mas agora eu percebi serem apenas indiretas. Eu parei e tentei respirar, engoli a seco, meu rosto queimava e as lágrimas teimavam em escorrer pelo meu rosto, eu não consegui dar mais nenhum passo e só observei o que iria acontecer, Dom saiu sorrindo de casa e a agarrou lhe deu um beijo ardente que ele nunca tinha dado em mim, naquela hora me senti um lixo e soube que eu só era um brinquedinho nas mãos sujas dele. E que se dane pessoas com o ego enorme que falam demais sempre fazem o menos possível essas pessoas acabam conhecendo outras e se apaixonam e escondem suas verdadeiras faces e como vampiro vai sugando a vida da outra com a desculpa do companheirismo. O que realmente falta é a coragem desse outro mostrar quem ele é de verdade e por escassez de personalidade ela só sabe se escorar no parceiro o e enganando e fazendo com que ele confiou fielmente nele. O fato é que mesmo saDavi do que é tudo ilusão ele diz a todos e a si mesmo que mudou seu comportamento por aquela pessoa que está ao seu lado quando, na verdade, todos sabem que se a mudança não Davi eficiar a si próprio não vai funcionar muito tempo é uma questão de índole, e triste saber que nunca ninguém colocou o coração da outra pessoa em primeiro lugar e com certeza magoara a pessoa que talvez a mais ame.

Como eu fui tão burra e infantil? Eu me deixei levar por aquela paixãozinha de colegial e acabei ficando cega, não enxerguei que tudo aquilo que eu estava vivendo era uma tremenda mentira, como eu pude me deixar levar por palavras jogadas ao vento ditas por aquele cara? Ele se fazia de bonzinho e me iludia enquanto fodia com outra mulher nas noites, e eu fantasiando mil coisas com ele. Por um tempo pensei que fizera a escolha certa e que aquele homem era perfeito para tirar aquelas ideias insanas da minha cabeça, mas que inferno eu sempre tive certa e agora tenho certeza que os homens são uns nojentos e porcos que só pensam em sexo e não devemos nos apegar a eles.

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