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"Você é só uma esposa contratual! Não espere nada de mim. Se comporte como uma boa esposa por dois anos e depois suma da minha vida!"
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Uma linda jovem num vestido de noiva branco sob medida estava ao lado da janela francesa, com o olhar perdido lá fora. Seus olhos eram um vazio, carentes de qualquer esperança. Ela acabara de se casar com o jovem mestre de Granger, o presidente mais bonitoe déspota do império de negócios multibilionário da cidade de Bey. Ela deveria estar nas nuvens, né? Mas seu rosto oval, perfeitamente simétrico, estava pálido, dominado pela tristeza. Seus lábios rubros estavam apertados, como se guardasse suas emoções a sete chaves. Ela era a inveja de muitas, mas sabia que esse casamento era só uma farsa. Ele não a amava. Ele acreditava que ela tivesse manipulado seu avô para entrar na família Granger. Ele a detestava por isso.

As palavras cruéis dele ainda ecoavam em seus ouvidos: "Você é só uma esposa contratual. Não espere nada de mim. Se comporte como uma boa esposa por dois anos e depois suma da minha vida…"

Flashback…

"O estado dele está se agravando. Ele precisa de um transplante de coração. Caso contrário, não vai resistir."

O rosto de Arianna ficou branco como cera, como se todo o sangue tivesse sido sugado. As palavras do médico foram como um raio que atingiu seu coração. Suas mãos tremiam sem controle sob a mesa. Ela quis perguntar algo, mas a voz falhou.

"Você solicitou o coração?"

Arianna apenas balançou a cabeça fracamente. Fazia quase um ano que ela solicitara o transplante para o irmão, mas ele ainda estava na fila, atrás de uma centena de outros.

Ela não fazia ideia de quanto mais teria que esperar para conseguir o coração. Mesmo se chegasse a vez dele, ela não teria como pagar as contas da cirurgia. Em qualquer cenário, ela não via como salvar seu irmão querido. Essa realidade a fez segurar o choro.

Ela fungou e ergueu a cabeça. Encarando o médico nos olhos, reuniu coragem e perguntou: "Não tem outro jeito que não seja o transplante?"

"Damien nasceu com uma doença cardíaca congênita. É um milagre que ele tenha sobrevivido até 19 anos sem o transplante. Mas o coração dele está fraco, piorando dia após dia. Não consegue bombear o sangue que seu corpo precisa. Ele precisa do transplante logo. Conheço alguém que pode conseguir um coração imediatamente. Se quiser, posso contatar essa pessoa. Mas aviso que será caro." O médico a observou cautelosamente.

Arianna mordeu o lábio inferior, olhando para as próprias mãos repousadas no colo, enquanto ponderava sobre as palavras do médico.

Percebendo a hesitação dela, o médico soltou um suspiro profundo e afirmou: "De qualquer forma, não estou te pressionando a tomar essa decisão. Farei o meu melhor para manter a condição dele estável até que ele receba o transplante. Mas repito, não há muito tempo."

"Quanto?"

A voz de Arianna estava baixa e incerta. Ela fazia um esforço colossal para não desmoronar na frente do médico.

A pergunta apanhou o médico de surpresa por alguns segundos. Ele não esperava que ela fosse perguntar isso.

"Bom, geralmente o transplante custa algumas centenas de milhares, mas neste caso, o preço é um milhão."

"Um milhão?"

Ela levantou a cabeça, encarando o médico, e repetiu a palavra num tom quase frenético. Seu queixo caiu de espanto.

"Sei que é um valor alto, mas se você conseguir, ele vai sobreviver."

Arianna sentiu como se o mundo tivesse desabado sobre ela. Conseguir algumas centenas de milhares já era difícil, mas um milhão era uma cifra astronômica. De onde ela tiraria tanto dinheiro? Sentia como se tudo ao redor estivesse rodopiando.

Ela saiu do consultório médico sem saber como. Sua cabeça estava um caos. Não voltou para a enfermaria; não tinha como encarar seu irmão ou sua mãe. Saiu do hospital e se dirigiu ao parque mais próximo. Sentou-se num banco de concreto e se desfez em lágrimas, cobrindo o rosto com as mãos. Seus ombros tremiam sem parar. De tempos em tempos, um soluço baixo podia ser ouvido.

"Olá, senhorita Raener."

Uma voz profunda e clara ecoou do topo de sua cabeça. Arianna interrompeu o choro instantaneamente e levantou os olhos para encontrar um homem de meia-idade em pé ao seu lado. A expressão dele era indecifrável, e seu olhar, indiferente enquanto a encarava.

Ela o reconheceu. Era o mordomo da família Granger. Mas sua presença a surpreendeu. Ela se questionou por que ele viera procurá-la.

Arianna enxugou as lágrimas e abriu a boca para questionar, mas o homem a interrompeu com a mesma voz clara: "O senhor deseja falar com você. Ele está no carro."

Ele apontou para fora do parque. Arianna virou a cabeça e avistou uma limusine do outro lado do parque. Sua perplexidade aumentou, agora questionando por que o patriarca dos Granger queria vê-la.

Respirando fundo várias vezes, ela se recompôs e se levantou: "Tudo bem."

Então, ela saiu do parque, acompanhada pelo mordomo. Ele abriu a porta da limusine, e ela entrou. Um homem idoso, na casa dos oitenta, estava sentado como um rei, segurando sua bengala com uma cabeça de leão. Ele vestia um terno cinza sob medida e tinha os cabelos grisalhos meticulosamente penteados para trás.

Seus olhos azuis-claros, por trás dos óculos de aros pretos e grossos, estavam fixos em Arianna. A despeito de sua aparência envelhecida, ele emanava uma aura de autoridade.

Arianna forçou um sorriso: "Bom dia, senhor. Como posso ajudá-lo?"

"Venha e sente-se aqui." Ele acenou para o assento ao lado dele.

Arianna sentiu o coração acelerar. Ela conhecia aquele homem desde a infância, quando seu pai o servia como guarda-costas. Recordou-se dos momentos em que ele a mimava com chocolates. Contudo, desde a morte do pai, ele tinha se tornado uma figura distante; mais de uma década havia se passado. Com um certo desconforto, ela respirou fundo e sentou-se ao lado dele.

"Você cresceu e se tornou uma mulher bela." Monarch Granger esboçou um sorriso.

Arianna corou e baixou os olhos para as mãos no colo: "Obrigada."

O idoso examinou-a com olhar penetrante. Quanto mais a observava, mais se agradava dela. Ela era ainda mais bela pessoalmente.

"Ouvi que você está tendo problemas para conseguir o dinheiro para a cirurgia do seu irmão. Posso te ajudar."

Arianna olhou para ele, incrédula. Ela havia entendido errado? Depois de se beliscar e sentir dor, percebeu que não era um sonho. Continuou a encará-lo, confusa.

Monarch desviou o olhar e disse: "Posso cobrir todas as despesas médicas e até arranjar a cirurgia. Mas..."

Ele fez uma pausa, e Arianna soube que havia um preço a pagar. Agora, ela estava curiosa para saber o que ele queria. Sua expressão mudou de incredulidade para indiferença.

"Você tem que se casar com meu neto Lancelot Granger."

Os olhos de Arianna se arregalaram de surpresa. Ela esqueceu como respirar.

'Lancelot...' Ela sussurrou o nome, atônita.

Quem não conhecia esse mulherengo?

Ele era famoso por suas relações com várias mulheres, trocando-as como se troca de roupa. Ouvir o nome dele a deixou mal. O que esse senhor estava pensando? Ela precisava do dinheiro, mas não ao ponto de casar com um mulherengo como Lancelot. Talvez fossem ricos e poderosos, mas ela tinha dignidade. Ninguém podia forçá-la a nada. Não aceitaria tal contrato.

A mudança em sua expressão não escapou aos seus olhos atentos. Ele sabia que ela não estava contente, mas insistiu. Falou novamente: "Sei o que está pensando. Mas antes de responder, considere minha proposta. Você precisa de dinheiro para tratar seu irmão, e eu preciso de uma noiva para meu neto que possa ensinar-lhe os valores e a moral da família.

Você é perfeita para ele. Seu pai sacrificou sua vida para me salvar. Devo-lhe uma vida. Quero ajudá-la. Poderia ter feito isso sem pedir nada em troca, mas fiquei tentado ao ver quão bela e competente você se tornou. Arianna, nunca pedi nada a ninguém nesta vida. Mas estou pedindo a você. Considere minha proposta. Você não sairá perdendo."

Arianna o escutava com atenção, fitando-o com incredulidade. Sua proposta era, de fato, sedutora, mas ela poderia aceitá-la? Sonhava em se casar com um homem que a amasse. De alguma forma, ela tinha a certeza em seu coração de que casar com Lancelot seria o maior erro da sua vida. Ela jamais seria feliz com ele. Mas ao pensar em Damien, sofrendo de dor, ela vacilou. Poderia sacrificar sua felicidade para salvar seu irmão? Naquele exato momento, ela não sabia o que fazer.

Notando sua hesitação, Monarch falou novamente: "Você não precisa me responder agora. Leve o tempo que precisar para pensar cuidadosamente."

Ele anotou uma sequência de números num bloco de notas e rasgou a página, passando o pedaço de papel para ela: "Este é meu número. Ligue a qualquer momento. Espero que aceite minha proposta. Será bom para ambos.

Arianna olhava em transe para o número escrito no papel. Dobrou o papel e o colocou em sua bolsa.

"Vou pensar a respeito," ela conseguiu sorrir e o encarou. "Obrigada pela sua generosidade. Se não tiver mais nada, posso ir embora?"

Monarch assentiu e suspirou.

Arianna não hesitou em sair da limusine. Assim que estava prestes a abrir a porta, ele falou de novo: "Espero que você não demore."

"Entrarei em contato em breve."

Ela lançou um último olhar por cima do ombro antes de sair.

S/N: Olá, queridos leitores. Esta é mais uma nova história minha nesta plataforma. Espero que gostem. Continuem lendo e compartilhem suas opiniões sobre este livro na seção de comentários. Obrigado.

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