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Meu novo parceiro me ajudou a me livrar do ex, um maníaco por controle.
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Prólogo

Gideon

"Sinto muito, ela se foi. Não tinha nada que eu pudesse fazer", diz o médico.

"Nada! Não tinha nada! Traz ela de volta!", grito com todas as minhas forças. Eu já sabia antes de ele falar qualquer coisa. Senti-a em meu coração dizendo adeus e indo embora. Naquele momento, uma dor inimaginável irradiava do fundo do meu ser.

"Eu queria poder fazer isso, mas ela já se foi. Você sabe que já. Agora você não tem tempo para ficar de luto. Elas precisam do pai." O médico dirige minha atenção para as duas recém-nascidas que também estão gritando a plenos pulmõezinhos. Como vou fazer isso sozinho? Num instante, meu mundo mudou, mas não como eu imaginava. Minha parceira morreu dando à luz. Teve pré-eclâmpsia e não conseguiu resistir após o parto. Ela me deu duas lindas menininhas, Rose e Daisy, sorriu para elas e, então, deixou esse mundo.

Ainda me lembro das covinhas encantadoras quando ela sorria e de seu olhar apaixonado quando acordava. Ainda me lembro de sua postura imponente quando me seguia por aí com o Druit Guard. Mas nunca mais vou ver a pessoa que era tão próxima de mim. Ela me deixou. Para sempre. E a única coisa me segurando agora é pensar em criar essas duas menininhas chorosas.

Elas são tudo o que restou da minha parceira, a última conexão com o meu amor. Eu não podia culpá-las pelo que aconteceu, apesar de querer. Uma onda de tristeza me atinge de novo quando percebo que esses dois lindos bebês nunca verão a mãe sorrir para eles. Nunca vão ouvir a voz dela lendo uma história para dormir. Nunca vão ouvi-la rir das bobeiras deles ou sentir seu abraço aconchegante. Acaricio suas cabecinhas, só sendo capaz de cuidar bem deles para apaziguar a dor da perda.

Com a ajuda da enfermeira, pego minhas filhinhas. Dou um beijo em cada uma. "Prometo dar tudo o que tenho pra vocês. Não posso prometer que vou ser perfeito ou que não vou errar, mas vou dar a minha vida pra proteger vocês. Vocês são tudo o que eu tenho agora." Tento não chorar de novo, mas não consigo. Para não deixar as lágrimas caírem nas minhas filhas, coloco-as de volta no berço. Elas pararam de chorar e agitaram os bracinhos uma em direção a outra até estarem de mãos dadas. Solto um suspiro. "Pelo menos elas tem uma à outra". Sento em uma cadeira perto delas, vendo-as dormir.

Naquele momento eu sabia que precisava dar um jeito de controlar meu luto. Eu precisava completar nosso laço familiar. Por mais que doesse, eu precisava viver pelas minhas filhas. Estico minha garra da mão esquerda, fazendo um pequeno corte na direita, e, então, o mais gentil possível, faço uma picadinha em ambos os dedões dos pés delas. Coloco meu corte no delas, deixando uma gota minúscula de sangue entrar. Esse é o ritual para fazer conexões familiares. Sinto-as entrar na minha alma naquele momento, e o brilho do amor e da esperança começam a me curar. Olho para o peito, para onde está o coração, e consigo ver a marca de família das minhas filhas formando uma rosa branca e uma margarida. "Minhas florzinhas, vocês não têm ideia do quanto salvaram o pai de vocês", sussurro.

O médico estava certo. Eu não tinha tempo para ficar sofrendo. Tinha que seguir em frente não importava o quanto doesse. A marca da minha parceira queimou quando ela deixou esse mundo, e agora já se apagou. Não posso deixar a dor e a tristeza engolirem minha alma; tenho que focar nas minhas meninas agora. Minha parceira nunca me perdoaria se eu não continuasse vivendo pelas nossas filhas. Nesse momento, só quero ser um bom pai e criar minhas florzinhas com o máximo de amor.

Anos depois, na caverna.

Amelie, uma loba, também estava sofrendo com a perda de seu parceiro. Contudo, sendo totalmente diferente do Alpha Gideon, ela o estava rejeitando.

A garota pálida e coberta de sangue segurava uma faca e arrancava lentamente a marca de parceiro de seu braço. O rosto se contorcia por causa da dor, que, no entanto, logo foi substituída pela alegria e pelo alívio...

"Eu mesma comandarei meu destino!" Sua voz era fraca mas firme, sem a menor hesitação...

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