Home/ Escolhida pelo Rei Vampiro Completed
Eu nunca me submeteria às regras dos vampiros, mas o vampiro mais forte me disse, eu, uma humana fraca, era sua parceira perfeita?!
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Ponto de vista da Madrina

Dizem que todos temos medo de alguma coisa, e não dá para simplesmente fingirmos que ele não existe. Esse é o meu mundo: o receio fica lá, latente. Vivo num mundo de medo constante, pelo menos aos meus olhos, assim é.

Hoje é o dia em que finalmente enfrentarei os meus medos, embora não haja dúvida de que, se tivesse escolha, escolheria evitá-los. Hoje é o dia em que ficarei cara a cara com os vampiros.

Verdade seja dita, nós humanos descobrimos a existência dos vampiros anos atrás, e até conseguimos conviver com eles "normalmente", como dizem, mas para mim isso não está nem perto de ser normal.

É tudo basicamente errado! Respirarmos e vivermos no mesmo mundo que eles é errado; o fato de nós, humanos fracos, termos que obedecer a todos os seus comandos é inaceitável, e admirarmos as pessoas que matam e abusam da nossa espécie para seu bel prazer é condenável.

Sem falar do direito deles de escolher todos os anos uma garota humana inocente para ser sua "alma gêmea", ou devo dizer, sua bolsa de sangue pessoal.

Isso é repugnante e errado além das palavras.

Nada disso parece certo.

No entanto, as pessoas os adoram e seguem todos os seus comandos.

Por quê? Podemos dizer que metade de nós quer poder.

Afinal, se um humano beber o sangue de um vampiro com sangue puro descendente dos primeiros vampiros, também virará um.

Com isso não ganhará somente os poderes, mas também o prestígio de fazer parte da família de vampiros Alexandre, que são descendentes dos primeiros vampiros reconhecidos pela humanidade, e os mais fortes da espécie.

E dentre todos esses vampiros sangue puro, "Derek Brunswick" é considerado o mais poderoso e forte.

É justamente por isso que todos estão tão desesperados para garantir que suas filhas sejam escolhidas por ele, para fazerem parte da família mais poderosa, os Alexandre. Porém, enquanto metade das pessoas sonha com poder, a outra metade anseia por liberdade.

E eu sou uma dessas poucas pessoas, quero ficar longe dos vampiros e conquistar um tipo de segurança na vida. No entanto, como fazer isso numa cidade onde humanos e vampiros convivem normalmente? A paz não existe no nosso dicionário.

"Para, mãe, já chega!" Murmurei, ao que minha mãe respondeu com uma zombaria enquanto perfurava os meus olhos castanhos com seus olhos azuis escuros.

"É só um pouco de pó..." Ela colocou um pouco mais de maquiagem em mim antes de eu virar o rosto. "Deus, por que você tem que ser tão teimosa, Madrina?" Ela falou impaciente, jogando o pó na penteadeira antes de colocar algumas mechas do seu cabelo dourado e ondulado atrás das orelhas. "Eu já te disse que não quero chamar a atenção de ninguém, então não quero ficar me arrumando!"

Gritei, enquanto lágrimas brotavam dos meus olhos ao virar-me para encará-la.

"Você não vê o quão importante é essa cerimônia? Derek Brunswick vai finalmente escolher as suas parceiras, e você pode ser uma delas."

Ela bufou, andando de um lado para o outro, como sempre faz quando está nervosa ou estressada.

"Quantas vezes você quer que eu repita, mãe? Eu não quero ser escolhida! E se tivesse escolha, com certeza nem chegaria perto dessa cerimônia fajuta!" Rebati, levantando-me para ajustar o vestido vermelho sem mangas que chegava até o chão. "Tá bom, mas não se esqueça de usar a pulseira e o colar que o seu pai comprou para você." Suas palavras me entristeceram ainda mais e mordi o lábio inferior, lutando contra as lágrimas.

Essa era a minha mãe, e nem ela era capaz de entender o quão difícil essa dia era para mim. "Eu não quero ser escolhida, mãe..." Engasguei, impotente, virando-me para encará-la, esperando que, pela primeira vez na vida, ela colocasse os meus sentimentos antes dos dela.

"Bobagem, você está sendo muito dramática. As garotas da sua idade estão encantadas com a notícia de que ninguém menos do que Derek Brunswick vai escolher uma parceira este ano." Minha mãe respondeu com uma pitada de aborrecimento no tom. "Por que você não consegue seguir o exemplo?" Ela questionou, passando a mão pelos cabelos, frustrada, e eu me recostei na cadeira, sabendo muito bem que não havia forma de uma veneradora de vampiros entender a posição em que eu estava naquele momento. "Ele não está escolhendo uma, mas cinco garotas, mãe." Murmurei, pegando a escova da penteadeira para passá-la no cabelo. "Por isso mesmo que você tem mais chances, querida. Sem falar que dessas cinco, só uma ficará, e tenho certeza de que será você quem conquistará o coração dele." Ela voltou a falar com entusiasmo, e eu fiquei em silêncio.

Duvido muito que serei capaz de conquistar o coração de um d*mônio sem coração. "Você não vai sentir a minha falta?" Perguntei, virando-me para encará-la após colocar a minha pulseira e o colar. "Claro que vou sentir a sua falta, querida! Mas tenho certeza de que você será muito mais feliz lá!" Ela assegurou, caminhando em minha direção e se abaixando para me dar um abraço.

"E eu sei que você vai me deixar muito orgulhosa esta noite." Ela abriu um leve sorriso e me abraçou pelo pescoço, afastando as minhas lágrimas antes de descansar a minha cabeça no seu peito.

"Espero que sim..." Menti, inalando o seu cheiro antes de me afastar.

"Agora se apresse, porque o seu pai está te esperando lá fora." Ela sorriu, e assenti com a cabeça antes de calçar os saltos pretos que combinavam com as minhas joias. Se ao menos o vestido conseguisse esconder o formato do meu corpo, talvez eu conseguisse sair despercebida, pois não queria chamar nenhuma atenção esta noite. Quando sentei no banco da frente do carro, o meu pai limpou a garganta, e abaixei a cabeça, mexendo os dedos em silêncio.

"Olha a postura!" Suas palavras foram duras como sempre, e eu endireitei as costas antes de comprimir os lábios em uma linha fina. Afinal, não era nenhuma surpresa que meus pais não estivessem agindo normalmente perto de mim, pois estavam me tratando com bastante frieza desde que descobriram que odeio a ideia de ser escolhida por qualquer vampiro.

Mas, novamente, o que esperar de duas pessoas que praticamente veneraram vampiros durante toda a vida? Fiquei olhando pela janela durante todo o trajeto, observando as árvores e os shoppings passarem por nós, rezando silenciosamente para que o pesadelo acabasse logo.

Mas óbvio que não passaria, porque mal tinha começado. "Você está linda esta noite!" Meu pai me elogiou enquanto estacionava perto da Grande Mansão, e eu retribuí o comentário com um sorriso fraco.

"Entre lá e faça tudo direitinho para nos deixar orgulhosos!" Disse ele, enquanto estendia a mão para pegar a minha, dando-lhe um pequeno aperto.

Se ao menos ele soubesse o quanto eu queria dar meia-volta naquele momento. "Você está linda, Madrina, mesmo sem tanta maquiagem..."

Ele me elogiou de novo, fixando os olhos castanhos escuros nos meus, fazendo-me sorrir um pouco enquanto passava a mão pelos meus longos e lisos cabelos castanhos. "Obrigada." Foi tudo o que consegui murmurar, e ele balançou a cabeça antes de suspirar. "Espero que você saiba que te amamos muito e que sentiremos a sua falta, querida." A voz dele ficou toda doce e agradável que meu sorriso cresceu. "Eu também te amo." Ele abriu um último sorriso com a minha declaração antes de se aproximar para me dar um beijo na bochecha. "Agora vá!" Ele disse suavemente, com a voz bastante firme, fazendo-me assentir com a cabeça e respirar fundo pela última vez antes de abrir a porta e sair.

Notei um guarda parado no portão enquanto tentava andar com o meu longo vestido, e caminhei até ele com o coração acelerando mais a cada passo que dava.

"Nome?" Ele me questionou, e eu engoli em seco antes de falar. "Madrina Raener." Murmurei baixinho, e ele abriu o portão quase imediatamente.

Caminhei devagar pela grama, analisando o ambiente, e a primeira coisa que chamou a minha atenção foi a fonte de mármore no lado direito do gramado: a água jorrava e caía suavemente em direção à piscina azul cristalina abaixo dela, formando pequenas ondas. Em seguida, notei uma série de arbustos podados no formato de todos os tipos de animais e os olhei com admiração antes de caminhar em direção à porta preta. Fiquei boquiaberta diante da grande mansão que agora se elevava sobre mim, intimidando-me. Lá vamos nós. Eu me aproximei para tocar a campainha quando a porta se abriu de repente, fazendo-me pular de susto diante de um mordomo vestido com um terno preto de trabalho.

Ele se abaixou educadamente, permitindo que eu entrasse, e então engoli em seco enquanto mirava os desconhecidos ao meu redor.

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