“Ei, de onde você vem? Quem você pensa que é para querer ver nosso presidente? Dê o fora daqui ou o caldo vai engrossar!”

Na cidade S, os seguranças da Corporação Glorious estavam ocupados tentando afastar uma mulher. Chegaram até a empurrá-la bruscamente, fazendo-a tropeçar e equilibrar-se para não cair.

O incidente chamou a atenção dos funcionários da Corporação Glorious, que, inconscientemente, voltaram seus olhares para a mulher.

Ela tinha uma estrutura magra e vestia poucas peças de roupa, mesmo sendo quase final de outubro. Usava uma camisa branca que, apesar da aparência limpa, denunciava o quanto estava gasta pelos punhos encardidos.

Ela também vestia jeans ultrapassados com um estampado delicado. As flores e borboletas bordadas no tecido requintado eram tão realistas que tornavam fácil imaginar o perfume delas se espalhando, e as borboletas voando para fora do padrão.

“Foi um completo desperdício que um bordado tão elegante como esse tenha sido colocado neste jeans tão ultrapassado. Sem dúvida, o preço das peças seria dobrado se uma estampa como essa estivesse em alguma roupa de marca, como as da Ann, por exemplo.”

Um sorriso de deboche formou-se nos lábios de Lesley ao ouvir as conversas ao seu redor.

Quanto à Marca Ann…

Todos ficariam surpresos ao saber que ela, Lesley Ann, um dia foi a principal designer da Marca Ann e responsável por cada uma das coleções. No entanto, ninguém a reconhecia como a jovem herdeira da Corporação Ann naquele momento.

Há cinco anos, ela foi internada à força em um hospital psiquiátrico após ser incriminada por sua madrasta e meia-irmã. Durante todo esse tempo, Lesley foi obrigada a fingir ter problemas mentais. Fazia apenas uma hora desde que ela recebera alta do hospital e ela havia esquecido como se comportar como uma pessoa normal após todos esses anos de fingimento.

Não era nenhuma surpresa que os seguranças pensassem que ela estava louca.

Após rever seu próprio comportamento, Lesley mudou sua expressão e caminhou em direção ao segurança novamente. Ela abriu um sorriso radiante e disse: “Senhor, por favor, entregue isso ao seu presidente. Tenho certeza de que ele vai querer falar comigo depois disso.”

Em seguida, ela entregou um pingente de jade que segurava em sua mão.

O segurança olhou para o pingente de jade com uma expressão confusa. Ele disse: “Certo, você é louca e assistiu a muitas novelas. Este é o seu bilhete dourado? Vai me dizer agora que você é a salvadora do nosso presidente e quer que ele retribua sua bondade agora?”

Lesley assentiu firmemente.

“Senhor, você acertou em cheio. Eu realmente salvei a vida do seu presidente, e ele me deve por isso.”

“Você é maluca.”

O segurança analisou-a dos pés à cabeça e teve a certeza de que ela era uma paciente do hospital psiquiátrico. Enquanto estava prestes a expulsá-la novamente, uma voz por trás o deteve.

"O que está fazendo aqui? Não deveria estar trabalhando?"

Ao ouvir a voz severa, os funcionários que estavam ao redor rapidamente se afastaram com medo.

O segurança virou-se para Joey, o secretário do presidente, e explicou: “Sr. Joey, não faço ideia de onde essa lunática veio. Estava prestes a mandá-la embora depois de ouvi-la dizer que queria encontrar o presidente apenas mostrando um pingente de jade.”

“Pingente de jade?”

Joey ouviu atentamente ao relatório e depois dirigiu seu olhar para Lesley, indagando: “E que pingente de jade é esse?”

“Aqui está.” Lesley entregou o pingente de jade para Joey. “Foi o seu presidente quem me deu.”