"O que diabos você está fazendo aqui, Morgan?", perguntei em um tom firme. Contudo, entrei em pânico quando ele trancou a porta. "C-Como você conseguiu entrar no meu apartamento?", minha voz tremia de nervosismo. Eu sabia que havia trancado aquela porta.

Como ele havia conseguido abri-la?

Morgan sorriu. Mas não era um sorriso bondoso e genuíno, e sim um que causou arrepios em minha espinha.

"Eu vim aqui para pegar você e nosso… pequeno Alex, Sofia", disse ele com sua voz rouca e sombria enquanto caminhava em minha direção.

Prendi a respiração, tentando não reagir quando ele disse meu nome, porém meu coração apertou quando percebi que ele sabia o nome de nosso filho. Soltei um riso irônico e abri um sorriso amargo. "Do que diabos você está falando?", perguntei, fingindo ignorância.

Não havia como ele saber que tínhamos um filho. Eu havia escondido Alex, para evitar que ele conhecesse seu pai. Dei meu melhor para evitar isso.

Seu sorriso ficou malicioso e ele parou de andar a poucos metros de mim. "Ah, então, esse é um dos seus jogos de provocação, como você costumava fazer comigo, Sofia?" Ele inclinou um pouco a cabeça. Então, deu mais um passo à frente.

Cada passo que ele dava me deixava mais cautelosa. O poder que ele detinha enquanto Alfa estava me fazendo estremecer, embora eu já tenha sido a Luna da alcateia em que Morgan reinava.

"Fique aí, Morgan! Não chegue perto de mim!" Cerrei as mãos enquanto recuava um pouco. Eu estava tentando encontrar outra maneira de escapar do nosso apartamento. Eu já sabia que poderia pular da janela. Tudo que eu precisava era abri-la.

Depois, precisava fugir e levar Alex, que estava hospedado temporariamente em Niscia. Morgan não poderia ver nosso filho. Eles não deviam se encontrar.

Eles realmente não deviam se encontrar!

Se isso acontecesse, Morgan faria qualquer coisa ao seu alcance como Marquês de Blackmont para tirar meu filho de mim. Eu conhecia o poder que ele detinha e, por isso, era assustador causar conflitos com ele.

"Volte para mim, Sofia." Ele estendeu a mão, por mais que estivesse muito perto de mim. Sua expressão se suavizou, o que fez meu coração disparar. "Volte para mim e vamos começar de novo… com nosso filho."

Eu cerrei os dentes. Começar de novo? E depois o quê? Ele iria me trair de novo, apesar de eu ser companheira dele? Sem chance!

"Jamais!" Virei as costas e corri em direção à janela.

Eu imediatamente a abri e estava prestes a pular quando senti um braço forte em volta da minha cintura. Então, em um piscar de olhos, senti minhas costas baterem contra a parede que ficava ao lado da janela da qual eu estava prestes a escapar.

Eu sibilei, sentindo minhas costas doendo antes de lançar um olhar para aquele b*stardo que sorria timidamente. Então, percebi que ele já estava prendendo minhas mãos na parede. A parte inferior de seu corpo estava prendendo minha cintura e, por isso, eu não conseguia me mover.

"Morgan! Me solta agora mesmo!", gritei, remexendo-me para sair de seu aperto.

"Você realmente achou que eu deixaria minha Luna fugir de mim de novo?" Ele abriu um sorriso provocador e aproximou o rosto de mim.

Com esse movimento, pude sentir o cheiro dele, que era o que me havia permitido identificar, no passado, que Morgan era meu companheiro. O odor dele era uma combinação de frutas cítricas, laranja e cedro. Era tão atraente que deixava minha loba e eu obcecadas.

E Morgan sabia que uma das minhas fraquezas era o seu perfume masculino.

Ver aquele sorriso tímido agora estava me deixando irritado. Ele sabia exatamente o que estava fazendo.

Maldito seja esse homem…

Maldito seja por saber desse fato.

Estremeci quando seu nariz roçou minha pele. "Isso mesmo… Você ainda ama meu cheiro, Sofia", ele sussurrou com sua voz rouca em meu ouvido. "E eu ainda amo sua fragrância floral de íris branca e peônias frescas."

"Me. Solte!", eu rosnei, enfatizando cada palavra e ignorando o que ele havia dito, que estava me deixando louca.

Morgan olhou para mim. Então, um sorriso malicioso brincou em seus lábios.

"Sem chance", murmurou ele maliciosamente. "Desta vez, não vou permitir que você seja mais esperta de novo, Sofia. Você fugiu de mim uma vez, mas não duas. Eu juro, em nome da Deusa da Lua, que nunca mais vou te soltar, mesmo se você implorar e chorar rios de lágrimas."

Soltei um riso irônico. "Como se eu fosse implorar para você!", rosnei.

Arregalei os olhos e prendi a respiração quando senti seus lábios roçando minha orelha em um movimento provocativo de novo, antes que ele parasse. "Não se preocupe, minha querida Luna. Só há uma maneira de fazer você implorar para mim."

Meu coração parou com suas palavras. Ele havia sussurrado de um jeito muito sombrio, como se fosse uma promessa. E eu sabia exatamente o que ele queria dizer.

Bufei. "Você bem que queria, seu can*lha…" Meu peito subiu e desceu enquanto ele plantava beijos sensuais na curva do meu pescoço antes de seus lábios permanecerem onde ele havia me marcado. Aquilo estava me deixando excit*da.

Querida Deusa da Lua… Por que eu estava gostando disso?

"Ah, sim. Você vai querer isso, uma vez que esteja de volta na minha cama, implorando para que eu te f*da até você não conseguir andar mais." Eu estremeci e sibilei baixinho com sua ameaça. "Eu te prometo isso, Sofia Berkeley, minha Luna e Marquesa de Blackmont."