Home/ O Destino Entrelaçado Ongoing
O Rei Alfa se aproximou dela e se inclinou antes de sussurrar em seu ouvido, "Olá, companheira. Vamos nos apaixonar um pelo outro."
About
Table of Contents
Comments (2)

Ponto de Vista da Natalia

"Querido diário, hoje é o último dia que eu vou ficar aqui. Faz exatamente um ano desde o incidente. Sempre me falam que todas as minhas decisões são impulsivas e precipitadas. Mas vou me mudar para continuar meus estudos e talvez até descansar um pouco. Mamãe e papai iam querer isso, certo? Que eu tivesse uma vida feliz.

Eu sei que vou sentir saudades daqui, mas acho que preciso de uma mudança na minha vida e no lugar em que moro; caso contrário, acho que nunca vou conseguir superar o fato de que eles me deixaram para lutar sozinha neste mundo.

Vou morar com minha tia Melissa, na cidade dela: a Pearly Canines. O nome é estranho, né? Mas é a cidade mais próxima da universidade onde vou estudar e isso facilita para que ela fique de olho em mim. Melissa é incrível e muito legal, sempre pensei em morar com ela e me divertir, mas nunca imaginei que faria isso nessas circunstâncias. Só espero não dificultar muito a vida dela.

Preciso arrumar minhas coisas agora.

Com amor.

Lia."

Após escrever o mais novo registro no diário, eu o coloco rapidamente no compartimento secreto do meu quarto, que fica atrás do guarda-roupa.

Assim como tudo hoje, o registro que escrevi no diário também é o último, pois ele já está na última página. Parece que preciso comprar outro assim que chegar lá.

Nova vida, novos registros, novas lembranças. Este é meu plano para o futuro, nada muito complicado.

Só espero que as coisas saiam como espero.

Verifico pela última vez se tudo está perfeitamente guardado, fecho minha bolsa e pego minha mala. Decido levar apenas algumas coisas, como minhas roupas favoritas e coisas importantes, como o álbum de fotos dos meus pais, além de todas as outras pequenas coisas que me deixam feliz e me sentindo em casa.

Quanto ao resto, só me certifico de que está tudo bem guardado e sem o risco de sair do lugar.

Embora eu vá me mudar, não pretendo vender esta propriedade por enquanto. Aqui tem as lembranças de mamãe e papai comigo. Talvez, depois que eu me formar na universidade, eu volte a morar aqui de novo.

Confirmo que todas as torneiras e janelas estão fechadas, dou uma última olhada na casa antes de sorrir com tristeza e trancar a porta.

"Você vai mesmo, Natalia?" A minha tia, que é também minha vizinha e trabalha com policial, pergunta.

"Vou, sim, tia. Vou ter que incomodá-la e pedir para você cuidar da casa." Eu digo, educadamente.

"Isso não é problema, querida. Estou pronta para acolhê-la e dispensar aquele meu filho inútil, se você concordar." Ela brinca.

"Ei!! Eu ouvi isso, mãe!" Uma voz vem de dentro da casa dela.

"Era para você ouvir." Ela grita de volta para o filho, antes de rir para mim.

Um sorriso triste surge em meu rosto diante daquela interação entre mãe e filho. Sinto muita falta da mamãe e do papai, mesmo que eles não fossem meus pais biológicos, nunca os amei menos por isso.

Aceno uma última vez para ela, então dou a volta na casa onde um táxi já está me esperando.

Carregando minha mochila e uma mala, uma em cada mão, eu estou indo para o aeroporto.

A cidade fica a três horas de distância do aeroporto. Meu voo leva cerca de 4 horas, então, no fim das contas, eu vou ter que aguentar quase 9 horas de viagem agora.

Maravilha!

Coloco meus fones de ouvido, rapidamente baixo algumas músicas a mais, três audiolivros para ouvir quando estiver voando. Sei que tem a política de desligar o celular em viagens assim, mas posso sempre escutar as músicas baixadas no modo avião.

Sentindo-me extremamente satisfeita com essa ideia, eu aceito a ideia de ter uma viagem tão exaustiva.

---Depois de 9 horas---

Peço ao motorista do táxi para parar em frente ao endereço do qual me lembro e pego minha bagagem antes de pagá-lo.

Não sei por quê, mas eu sinto que há algo estranho no ar assim que entro na cidade.

Como se algo me chamasse.

E isso não melhora muito quando o motorista olha para mim como se eu fosse uma pessoa maluca por dizer que quero vir para Pearly Canines.

Ele, obviamente, me cobra o dobro do preço, apenas reviro os olhos para suas táticas. Então, é assim que tratam as novas pessoas por aqui.

Não me importo muito, apenas aceito o valor porque nenhuma outra pessoa aceita me trazer.

Parada em frente a uma casa, eu me pergunto se este é o mesmo endereço, ou não? Eu vim aqui apenas uma vez, quando era bem mais nova. Eu quase briguei com uma outra criança na época e, desde então, minha mãe e meu pai nunca mais me deixaram voltar.

A casa da qual me lembro, de cerca de 9 anos atrás, não era assim. Mas, do que eu me lembro, este deve ser o lugar exato.

Além disso, o sino de vento pendurado na varanda do quarto no primeiro andar é muito difícil de ignorar, porque eu mesma o fiz.

Olho para a, muito bem construída, casa e toco a campainha duas vezes. Contudo, ninguém abre a porta.

Pego meu celular, deslizo pela minha lista de contatos e vejo alguns números, sob um único nome. Ligo para tia Melissa com o número que ela usou para me ligar pela última vez. Só espero que seja o mesmo de antes, pois ela tem o hábito de manter diferentes números, e ninguém consegue prever qual deles está funcionando em que momento.

"Alô? Estou falando com a senhorita Melissa Granger? Ufa, graças a Deus! Melissa, estou em frente à sua casa. Você pode, por favor, vir abrir a porta, se estiver em casa?"

"Oi, querida, eu sinto muito. Estou em um supermercado aqui perto, comprando mantimentos para você. Chego em meia hora. Será que você pode ir para uma cafeteria aí por enquanto?" Melissa pergunta, constrangida.

Conhecendo bem como ela é, imagino que Melissa deve estar ocupada, provavelmente comprando no último minuto possível todos daqueles mantimentos, lanches e chocolates para mim, deve estar se perguntando se eu vou gostar deles ou não.

"Não se preocupe, demore o tempo que precisar. E não se incomode muito. Eu gosto de tudo que você escolhe." Com isso, eu encerro a chamada.

Ela disse que tem uma cafeteria aqui? Olho para a minha esquerda e direita, para ver se há algum logo que chame a atenção. Logo, eu encontro um. A placa da cafeteria é muito difícil de ignorar.

Deixo minha bagagem atrás do portão principal, então pego minha carteira, antes de ir até a cafeteria.

O lugar parece bom. De fora, pode não parecer tão grande, mas, por dentro, é uma história totalmente diferente. É aconchegante e elegante.

"Oi, qual o seu pedido?" A senhora por trás do balcão pergunta.

"Hum... Quero um café gelado, com calda extra de chocolate e gotas de chocolate. Posso pedir também esses dois sanduíches? Obrigada." Eu peço, com educação.

"Querido! Você a ouviu. Dois sanduíches e um café gelado, com chocolate extra e gotas de chocolate." A senhora grita para os fundos. E então ela me pergunta, "Querida, você parece ser nova por aqui. Veio visitar alguém? Tenho certeza de que nunca vi você."

"Hum, sim... Vou ficar aqui por algum tempo. Estou na casa da minha tia e vou estudar na universidade daqui." Eu respondo.

Não há nada de errado em responder a algumas perguntas, eu penso. Além disso, essa senhora parece inofensiva e acolhedora.

Eu me sento em uma mesa perto da janela, após fazer o meu pedido.

*

You may also like

Download APP for Free Reading

novelcat google down novelcat ios down