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QUE? Meu pai biológico me deu 100 milhões de dólares como... dinheiro de bolso?!
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"Jason, acorda! Acorda!"

Jason acordou depois de ser sacudido por alguém. Para ser exato, foi a surpresa que o acordou. Ele abriu os olhos e viu que estava deitado em uma cama, e que as mãos dele estavam enfaixadas.

"Ei! acorda!"

A voz da mulher era aguda e sarcástica, e ela aparentava ser mandona.

Ao levantar a cabeça, Jason a viu. Ela estava usando um vestido branco de enfermeira e um par de leggings brancas. Uma camiseta rosa aparecia por baixo da gola do vestido.

"Ei, você tá deitado nessa cama há 24 horas e ainda não pagou um centavo das suas despesas médicas. Isso é um hospital, não a sua casa. Você é um parasita?"

"Hospital?"

"Pera, eu tô em um hospital?"

Sem expressão no rosto, Jason olhou para o próprio corpo. Ele estava todo enfaixado, e tinha recebido alguns pontos. Havia feridas por toda parte, e ele estava tomando soro na veia.

Após olhar em volta com atenção, o jovem despertou por completo.

O nome dele era Jason, e ele era um estudante que estava para se formar em uma universidade de segunda categoria em Nova York.

Jason estava no quarto ano e tinha arrumado uma namorada. Para comprar um iPhone 13 Pro recém-lançado antes de se formar, ele estava trabalhando no McDonald's perto da universidade nos últimos dois meses.

Mas, na noite anterior, enquanto voltava para o dormitório da universidade depois do trabalho, ele viu uma garotinha correndo para o meio da rua. Naquele momento, havia uma van se aproximando em alta velocidade. Ele não pensou muito, apenas correu até ela e a empurrou para longe. Mas, tendo feito isso, ele se machucou depois de ser atropelado pela van e ser jogado no canteiro central.

Quando se lembrou disso, Jason sentiu que teve um pouco de sorte.

A van estava indo tão rápido naquele momento que ele pensou que fosse morrer.

Mas, no momento em que acordou, não lhe ocorreu que tinha conseguido a vida de volta.

"Jason, eu tô falando com você!"

A enfermeira deu um golpe violento na mesa.

"Vocês encontraram o motorista?" Perguntou o rapaz.

"Que motorista? A gente te tirou do lixão depois que recebemos uma ligação estranha. Agora, é melhor você ligar pra sua família e pedir pra eles pagarem as despesas médicas por você. Caso contrário, vou chamar a polícia pra te tirar daqui."

A enfermeira mostrou a conta e estava prestes a jogá-la na cara de Jason. Nesse momento, um homem de branco entrou.

"Quem disse que você podia se sentar? O seu corpo ainda tá todo engessado. Não se mexe!" O Dr. Li olhou com descontentamento para o jovem. Ele era o médico-chefe do setor de internação, e tinha que cumprir o próprio dever da melhor maneira possível com cada paciente.

"Doutor Li, esse é o Jason. Ele foi trazido para cá ontem à noite, mas não pagou um centavo da conta até agora", explicou-lhe a enfermeira.

"Você ainda não entrou em contato com a família dele?" O Dr. Li franziu a testa.

"O celular dele está quebrado, então não conseguimos falar com a família dele. O celular que ligou para a emergência antes está desligado. Ele não tem nada além de uma carteira de estudante, então não temos outras informações de contato." A enfermeira balançou a cabeça.

O doutor assentiu e então perguntou a Jason: "Você se lembra das informações de contato da sua família ou de qualquer outra pessoa? Posso te emprestar o meu celular".

"Quanto ficaram as despesas médicas?" Perguntou Jason com uma certa hesitação.

"A taxa de resgate e as despesas de hospitalização ficaram 1.800 dólares. Você pode pagar em dinheiro ou em cartão", disse com frieza a enfermeira.

"Caramba..."

O jovem estava surpreso.

Mil e oitocentos!

Talvez isso não fosse muito para uma pessoa rica.

Muitos ricos gastariam isso em uma refeição, ou em um casaco, ou em um telefone celular.

Mas para os pais dele, que eram pequenos agricultores, isso era uma bolada de dinheiro!

Para pagar a taxa de matrícula na faculdade, o rapaz teve que trabalhar meio-período nas férias, e o pai dele teve que fazer um empréstimo na vila. Agora, ele precisava arrumar quase 2.000 dólares de repente. Jason não conseguia imaginar qual seria a reação dos pais quando eles soubessem disso.

"Certo!"

Jason prontamente disse ao Dr. Li: "Por favor, me empresta o seu celular. Conheço alguém que pode me ajudar".

Ele tinha acabado de receber o salário ontem, e enfim conseguiu dinheiro suficiente para comprar o iPhone 13 Pro para a namorada Sherry depois de dois meses. Após sair do trabalho na noite anterior, ele transferiu o dinheiro direto para a garota. Era um total de 1.200 dólares. Além disso, ela que guardava o dinheiro referente às despesas diárias dele, então isso seria o suficiente para pagar as despesas médicas.

Jason pegou o celular do Dr. Li e ligou na hora para aquele número, que lhe era tão familiar.

"Alô, quem fala?" Ouviu-se a voz preguiçosa de uma garota do outro lado da linha.

"Sherry, sou eu, o Jason."

"Jason? Quando que você trocou de número?" Sherry ficou surpresa.

"Nao foi isso que aconteceu. Onde você tá agora? Pode vir ao St. De Hospital? Eu preciso do dinheiro que te dei ontem."

"Pera aí!"

Sherry o interrompeu e disse: "Que dinheiro que você me deu? Do que diabos você tá falando? Eu tô ocupada. Se não for nada de importante, eu vou desligar".

"Ah, você não se lembra? É o dinheiro pra comprar o seu celular. Transferi ele pra você na hora em que saí do trabalho ontem à noite. Agora, eu tô na cama do hospital e não tenho dinheiro pra pagar as despesas. Você pode vir aqui? Vou arrumar outro jeito de ganhar dinheiro pra você depois que tiver alta do hospital. Tudo bem?"

"Que interessante, hein..."

Jason não sabia por que Sherry parecia irritada do outro lado da linha.

"Jason, você sabe o que tava indo fazer daqui a pouco? Eu ia comprar o iPhone 13 Pro com as minhas melhores amigas! Agora você quer que eu te dê o dinheiro? Tá tentando me humilhar? Todas as minhas amigas tão usando esse celular, e eu fui paciente o suficiente pra te esperar, mas agora você quer pegar o dinheiro de volta? Escuta aqui, Jason, você é um completo perdedor, e nunca vai ter nada de bom no futuro. Eu devia estar cega pra ter aceitado ser a sua namorada. Você não passa de um fazendeiro, e é melhor não entrar em contato comigo de novo!"

Bip, bip, bip...

Jason ouviu o barulho que indicava que a ligação havia sido desligada.

Ele ficou sentado na cama, com os ouvidos ainda zumbindo.

"Ela realmente terminou comigo do nada?"

Sem conseguir acreditar, o jovem ligou outra vez, mas a linha estava ocupada.

Ele ficou sem palavras...

Segurando o celular, Jason de repente começou a rir baixinho.

Sherry não perguntou em momento algum por que ele estava no hospital.

A garota também nem se importou de não ter recebido notícias dele depois da transferência na noite passada.

Parecia que Jason não valia mais para ela do que um iPhone 13 Pro.

Ele era só um estranho, cuja vida não importava nem um pouco.

O rapaz havia sido um macho beta: ficou indo atrás das garotas, esperando ser escolhido por uma delas, só para descobrir que tinha sido tudo em vão.

Quando tiraram o celular da mão dele de forma grosseira, Jason levantou a cabeça, sem expressão no rosto.

"Para de dar remédio pra ele e entra em contato com a faculdade pra receber o pagamento das despesas médicas, ou então liga pra polícia e manda ele pra cadeia. Juro que não entendo o que acontece hoje em dia... Como que um vagabundo desses conseguiu virar um estudante universitário?"

Depois de dar a ordem à enfermeira, o Dr. Li saiu da enfermaria. A mulher parou de dar soro a Jason, desligou o eletrocardiograma, jogou a conta na cara dele e saiu.

O rapaz ficou lá, atordoado, sem dizer uma única palavra enquanto olhava para o valor da conta.

Ao longo dos anos, ele tinha ouvido muitas notícias trágicas sobre pessoas de bom coração que acabavam ficando em apuros depois de ajudar alguém.

Mas não esperava que isso fosse acontecer com ele também.

Mil e oitocentos dólares...

Certas pessoas gastariam esse dinheiro para pagar um jantar a um amigo e levá-lo para cantar karaokê depois, mas ele não sabia o que fazer para arrumar tanto dinheiro!

Pela primeira vez, Jason sentiu que era melhor não estar vivo.

E, uma vez que o hospital avisasse a faculdade que estava sendo caloteado por um dos alunos dela, ele com certeza seria expulso de lá para a instituição não manchar a própria reputação.

Ele trabalhou duro por quatro anos para conseguir esse diploma, e agora simplesmente o perderia desse jeito?

"O que vai acontecer com os meus pais quando eles ficarem sabendo disso? Eles queriam tanto que eu tivesse um bom futuro..."

Enquanto Jason pensava sobre isso, alguém abriu a porta da enfermaria de repente.

Antes que ele pudesse reagir, uma nobre dama, que usava um caro vestido gracioso, foi na direção dele.

"Meu pobre menino, a mamãe finalmente te encontrou..."

Aos prantos, a mulher correu até Jason.

Atrás dela estava um imponente homem de meia-idade. Os olhos dele estavam cheios de lágrimas, e os lábios tremiam.

No final, o homem não conseguiu conter as lágrimas e começou a chorar.

"Que bom que você acordou. Que bom."

Dava para perceber que o homem estava bastante agitado também.

Jason ficou muito confuso com a situação.

"O que que tá acontecendo?"

Os pais dele não eram fazendeiros em uma pequena vila?

Quem era o casal diante dele?

Por que eles o chamavam de "filho"?

"Vocês devem ter me confundido com outra pessoa, né?"

Vendo como Jason parecia confuso, o homem e a mulher de meia-idade perceberam que poderiam acabar assustando o rapaz.

"Filho, na verdade, eu sou a sua mãe biológica. Nós já fizemos um teste de DNA."

A mulher em particular parecia bastante animada e tentou ao máximo provar que era a mãe biológica dele. Mas, quanto mais ela falava, mais confusa ficava a história, e Jason também.

"Querida, deixa que eu cuido disso."

Vendo que a esposa não estava conseguindo explicar, o homem de meia-idade tentou fazê-lo.

O homem começou a contar a história. Os dois eram um casal; o homem chamava-se David, e a mulher era Mary.

De acordo com ele, eles tiveram um filho.

No entanto, 19 anos atrás, esse filho foi sequestrado por um traficante de pessoas.

Querendo encontrá-lo, o casal acionou a polícia.

Porém, a investigação não teve resultados.

Eles pensaram que nunca mais veriam o garoto de novo.

Mas, sem que ninguém esperasse, Jason foi atropelado por uma van após salvar a garotinha. Ele perdeu muito sangue e precisou receber uma transfusão após ser encaminhado ao hospital.

Quando fizeram a tipagem sanguínea do jovem, descobriram que ele era um portador de Rh nulo.

Em todos os bancos de sangue de Nova York, havia apenas uma bolsa de sangue para esse tipo sanguíneo.

Era o sangue doado por David havia um mês!

Depois de receber a ligação do hospital, o casal foi até lá de imediato.

Da porta da enfermaria, eles enfim viram Jason.

Era muita coincidência que ele tivesse aquela idade e o mesmo tipo de sangue que o homem.

Isso naturalmente fez com que David pensasse no filho que havia sido sequestrado quando era criança.

Quanto mais ele olhava para o jovem, mais próximo se sentia dele.

Então, ele deu um jeito de fazer um teste de DNA com Jason.

Os resultados mostraram que o rapaz era de fato o filho dele que foi sequestrado.

Era por isso que tudo aquilo estava acontecendo.

Mesmo depois de ouvir a explicação de David, Jason ainda parecia desconfiado e incrédulo.

"Eu sei que isso parece uma coincidência grande demais, mas fizemos um teste de DNA com você, e tenho as duas cópias dele aqui comigo. Não temos motivo pra mentir pra você."

O homem entregou os documentos a Jason.

"Apesar de ter sido rápido, a sua mãe e eu fizemos o teste, e os resultados dos dois foram idênticos. Não tem como ser um erro."

"E, se você não acredita na gente, podemos pegar um voo agora mesmo. Vamos até o melhor centro de pesquisa médica da Alemanha. Aí, deixamos os maiores especialistas do assunto fazerem um teste de DNA com a gente, desde que isso te deixe mais tranquilo", disse Mary, que se sentia ansiosa.

Vendo os resultados do teste, Jason não sabia o que dizer.

O jovem não conseguia pensar em nenhum motivo para alguém tentar enganá-lo desse jeito.

Afinal, ele era alguém que não conseguia nem pagar 2.000 dólares para um hospital, que agora estava ameaçando ligar para a faculdade dele.

"Esses dois são mesmo os meus pais biológicos?"

Quando viu o silêncio de Jason, Mary começou a ficar ainda mais nervosa.

Comparadas aos homens, as mulheres costumavam ficar mais emocionadas em momentos como esse.

Ela temia que Jason fosse ficar irritado com eles e se recusasse a aceitá-los.

"Filho, foi tudo culpa nossa. Foi só porque a gente tava viajando a negócios que você foi sequestrado por traficantes."

"De agora em diante, a gente quer te compensar e te dar uma vida boa."

Preocupada, Mary olhava para Jason, esperando a resposta dele.

Ela já havia investigado a família do jovem e sabia que eles não tinham muito dinheiro.

Quando olhou para Mary, Jason se lembrou dos pais adotivos.

Eles eram um casal de fazendeiros honestos, que o criaram por vinte anos.

Pensando no amor que recebeu, o rapaz de repente ficou um pouco irritado.

"E daí? Vocês me colocaram no mundo, então vieram aqui porque querem que eu corte os meus pais da minha vida e me reconcilie com vocês?"

Ao ouvir isso, Mary ficou pálida.

A mulher percebeu que Jason interpretou mal o que ela disse.

"Não é isso que estamos querendo dizer. A gente só quis te ver hoje, e depois queríamos te transferir pra um hospital melhor. Eu já enviei pessoas pra pegar os seus pais adotivos. Eles vão chegar em Nova York daqui a dois dias. Pode dizer pra eles o que você quiser."

Ao mesmo tempo, David olhou bem para Jason e, hesitando, pegou um cartão de crédito.

"Aqui tem cem milhões de dólares pra você gastar como quiser. Se não for o suficiente, pode me avisar. Considera isso como uma pequena compensação por tudo que você sofreu ao longo desses anos."

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