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Eu sou Lili, e sempre morei em Loredanna, capital de Sam Vincenso, uma linda metrópole, com prédios enormes, grandes empresas, shoppings, muitas lojas, praças e parques, uma cidade bem arborizada, com flores das estações nos canteiros das ruas, incrivelmente limpa, eu estudava em um grande colégio a cinco quadras da minha casa, minha mãe tinha uma clinica de estética bem renomada dentro de um shopping na esquina do meu colégio, meu pai tinha uma empresa de segurança muito grande, também bem perto do colégio, em um lindo prédio de vidro espelhado, que atendia muitas pessoas famosas, fazia segurança de muitos eventos, e até políticos.

Eu tinha quase dezesseis anos estudava em um grande colégio renomado, no penúltimo ano, tinha muitos amigos, minha vida era o que toda garota de quinze anos sonha em ter, trabalhava com minha mãe em sua clinica quando não estava na escola, era uma garota bem inocente e sonhava com um príncipe encantado, que seria carinhoso, respeitoso, me encheria de presentes, e me amaria muito, mas nunca havia namorado, nunca havia nem beijado na boca, enquanto minhas amigas já namoravam e algumas delas já haviam até perdido sua virgindade, coisa que eu achava absurdo, pois sonhava que casaria virgem, com um homem que estaria disposto a me esperar, e que me amasse acima de tudo, mas agora queria focar nos meus estudos e também na equipe de natação, a qual eu fazia parte desde os dez anos de idade, e claro, que se encontrasse meu primeiro amor, ficaria muito feliz.

Chegou o dia de meu aniversario, e meus pais prepararam uma festa para mim, não muito grande, apenas para meus amigos da escola, e meu irmão chamou os amigos dele também, ele estava no ultimo ano da escola, no próximo ano já começaria a universidade, e meus pais chamaram algumas pessoas próximas da família. A festa estava linda, toda decorada com arranjos de flores, uma mesa de doces com uma decoração linda, e um bolo maravilhoso no centro da mesa, eu estava usando um vestido azul clarinho, o comprimento era até o meio da coxa, e uma saltinho não muito alto, meus cabelos negros e cacheados estavam presos com uma presilha, deixando alguns cachos soltos na parte de baixo, usava uma maquiagem bem delicada, estava me sentindo uma princesa, cumprimentei meus amigos, e meu irmão me chamou para me apresentar seus amigos que acabaram de chegar, entre eles estava aquele garoto que eu já tinha visto de relance na escola algumas vezes, ele era um dos meninos mais lindos do colégio, cabelos castanhos jogado para o lado, olhos num tom castanho esverdeado, um corpo lindo, e muito bem vestido, com uma calça preta, um sapatênis e uma camisa de botões bem alinhada, com as mangas dobradas até o meio do antebraço, tinha um sorriso lindo, e era muito educado, ele me cumprimentou com um beijo no rosto, "Prazer, me chamo Chase." Ele tinha um cheiro delicioso, ele era perfeito, começamos a conversar, e nos conhecer, e ele era exatamente o que havia sonhado por tanto tempo, nos conhecemos melhor e depois de um mês recebi um buque de rosas vermelhas em minha sala de aula com um bilhete, me convidando para encontra-lo na cantina, fiquei toda vermelha, mas ao mesmo tempo muito feliz, estava ansiosa para chegar o intervalo e encontrar com ele no refeitório, assim que bateu o sinal corri até ele, e ele estava lá me esperando com uma caixa de bombons finos na mão, e me pediu em namoro, eu estava vivendo um sonho, mas os dias foram passando, e eu me apaixonando cada vez mais, que não conseguia perceber que ele estava me manipulando, e estava mudando minha essência, ele sempre me dava presentes, como blusinhas, saias e bermudas que eu normalmente não usaria, e dizia que queria me ver usando aquelas roupas para ele, eram blusinhas extremamente curtas e degotadas, e eu tinha os seios bem avantajados, então ficava bem vulgar, o mesmo com as bermudas e saias extremamente curtas, e andava comigo como se eu fosse seu troféu, com o passar do tempo começou a regular com quem eu andava e falava, eu tinha que ser exclusivamente dele, mas eu não conseguia perceber, pois ele era muito gentil, e amoroso, mas então veio o ciúme excessivo, e agora ele me falava coisas para que eu me sentisse mal, começou a falar que eu dependia dele para ter popularidade, e que existiam muitas garotas mais bonitas do que eu, e que se eu não aceitasse dormir com ele que ele acharia muitas que fizessem isso, e começou fazer com que eu me sentisse mal comigo mesma, como se eu estivesse sendo ruim com ele, e agora eu já não me sentia capaz de me olhar no espelho, pois comecei a me sentir feia, magra demais, escovava meus cabelos todos os dias, pois ele dizia que meu cabelo era horrível quando enrolado, dizia que parecia que eu não me cuidava, e que ele era popular, e para poder andar com ele eu deveria me arrumar a altura, e tudo isso acabou com minha autoestima, todos os dias antes de dormir eu chorava muito, e tinha muito medo que ele me deixasse, pois eu achava que o amava, pois sempre depois de me falar coisas que me magoavam, no outro dia ele me dava presentes, e dizia que me amava, e eu acreditava em suas palavras.

Dois meses antes de terminar o ano letivo, Chase me convidou para ir ao baile da escola com ele, e me deu um vestido vermelho de presente, ele era justo, e marcava todas as minhas curvas, com um grande decote nos seios e as costas toda de fora, a festa seria na outra semana, passei a semana me preparando para conseguir usar aquela roupa, fiz uma maquiagem, passei um batom, e coloquei um salto, e fui ao seu encontro, mas quando cheguei na festa não consegui encontra-lo, e comecei a andar pelo colégio a sua procura, pois seus amigos disseram que ele já estava lá. Fui até as salas e nada de encontrar o Chase, até que ouvi um gemido de dentro do laboratório, fui me aproximando com medo de que fosse os Chase, mas eu sentia uma intuição que era ele, quando chego na porta que estava entre aberta ouço uma voz de mulher falando o nome dele, em meio de gemidos, e quando olho pela fresta da porta vejo Chase com Keila, uma garota que andava com os meninos do futebol, o qual havia se tornado meu grupo também, quando vi aquela imagem, do Chase segurando aquela garota que estava seminua pela cintura enquanto ela estava debruçada na mesa do laboratório e ele se balançava para frente e para traz com força a fazendo gemer, me fez ficar enjoada, e com uma vontade enorme de chorar, fiquei tão mal com o que via que perdi o equilíbrio do salto e acabei esbarrando na porta que acabou de abrir, e ele olhou para traz, e nesse momento saí correndo deixando meus sapatos para traz, e chorando muito, enquanto corria pelo corredor encontrei com Denny meu irmão, que me segurou e perguntou o que havia acontecido, e quando ele me abraçou que ia começar a falar ele viu Chase saindo do laboratório fechando a calça e arrumando a camisa, então ele me empurrou para o lado e foi em direção ao Chase e lhe deu uma grande surra, e eu fiquei sentada no canto chorando, quando vejo a Keila correndo até eles tentando separa-los, nesse momento escuto meu irmão gritando para o Chase que ele havia avisado que se ele me fizesse sofrer acabaria com ele, e deu um grande soco na sua cara, por mais que Chase fosse forte, Denny era muito mais, de repente o corredor se enchei de amigos de Denny tentando separar, se não ele o mataria, nesse momento senti uma mão me segurando, e me levando no colo até uma área mais tranquila. " Você esta bem?" uma voz suave me pergunta, mas estava com tantas lagrimas que não consegui ver quem era, ele me abraçou e tentou me acalmar, quando acalmei vi um rapaz que nunca tinha visto antes, alto, cabelo castanho claro, quase loiro, olhos azuis, e profundos olhando me nos olhos, comum olhar muito preocupado.

"Estou melhor, muito obrigada por me tirar de lá". Então meu irmão chegou, agradeceu o rapaz e me pegou no colo me levando pra casa, e não vi mais aqueles olhos profundos.

Passado uma semana, voltei para a aula, minha vontade era nunca mais voltar naquela escola, mas precisava encerrar o ano, cheguei na escola e enquanto andava pelo corredor, via muitas pessoas me olhando, me julgando, mas não sabia o que estava acontecendo, pois eu havia sido enganada, eu era a vitima ali, mas onde passava via cochichos nos grupos, até que alguém teve coragem e falou, " Olha, aquela não é a Lili, aquela ridícula que não aceitou que o Chase terminou com ela e mandou seu irmão dar uma surra nele?" um menino falou e todo mundo rio, e eu fiquei espantada com a Historia que ele estava espalhando pela escola. Me encolhi e fui até minha sala, mas não conseguia ouvir ninguém, nem mesmo os professores, estava fechada nos meus pensamentos, tentando não pensar no que estava acontecendo, para não chorar mais, nem sei se conseguiria, se minhas lagrimas já não haviam secado.

Passou mais um mês, e o fim das aulas se aproximam, minhas notas caíram, não tinha mais amigos, pois ele havia me afastado de todos meus amigos, então eu ia pra aula apenas pela presença, sorte que eu tinha boas notas no começo do ano, e já estava passada, pois não conseguia pensar em nada.

Na ultima semana de aula eu estava distraída que nem percebi que a aula havia acabado, e todos já tinham saído, quando sinto alguém chegando perto de mim, e percebo pelo perfume que era o Chase, e me assustei, olhei pra ele sem entender o que ele queria, me levantei rápido para pegar minhas coisas e sair, quando ele me segura e me prende contra a carteira, tentando me abraçar, me virou com força de costas para ele e tentou colocar as mão por dentro da minha roupa, tentando pegar em meus seios, e com a outra mão tentava abaixar minha calça que era de moletom, então não seria difícil puxar, eu tentava gritar, mas minha voz não saía por causa do pavor que eu estava, então ele segurou minha boca com a mão, para que eu não conseguisse gritar, e veio em meu ouvido, " Agora vou pegar o que é meu por direito, passei muito tempo esperando você me entregar, mas hoje eu vou tomar, e tenho certeza que terei muito prazer com isso."

Lagrimas saem dos meus olhos, e o desespero toma conta de mim, pois eu tinha um sonho de me casar virgem, e agora meu ex namorado estava me forçando, e tomaria minha virgindade, a única coisa que me havia sobrado. Meu corpo estava enrijecido de tanto pavor, as lagrimas não paravam de cair dos meus olhos, e ele tentava tirar minha calça, e dizendo que eu estava muito gostosa com tanto medo, cada palavra que ele me falava me deixava cada vez mais apavorada, então ele abre sua calça e sinto seu membro rígido encostado me mim, enquanto ele novamente tenta puxar minha calça, entro em mais desespero e tento gritar ainda mais alto através de sua mão, que aperta ainda mais a minha boca, quando sinto que alguém o puxou com muita força, e escuto um barulho muito alto de um soco, e vejo o Chase caindo no chão, me arrumo em meio as lagrimas de desespero, me encolho na minha cadeira, e choro muito alto, como se eu estivesse liberando toda a força que me faltava antes, ao olhar vejo que quem está batendo no Chase é o mesmo rapaz que havia me tirado do corredor no outro dia, então ele o larga no chão quase desmaiado, e vem até mim. "Como você está?" aquela voz suave e profunda novamente. e apenas choro em alívio, um choro alto e desesperado, então ele me abraça e diz, "Tudo bem, já passou, estou aqui, e vou cuidar de você". Ele falava e eu ia me acalmando até que já estava calma, de repente entra na sala meu irmão, e mais algumas pessoas, " O que aconteceu aqui?" Denny pergunta pronto para bater mais no idiota caído no chão, quando o rapaz me entrega para ele. "Cuida dela, porque dele eu já cuidei, a policia está chegando, ele vai pagar pelo que fez com sua irmã." falou e saiu ao encontro dos policiais que já estavam no corredor, " Estava passando pelo corredor, quando ouvi uma grito abafado, entrei e vi esse imbecil tentando estuprar essa garota, bati nele, e chamei vocês" Ele fala baixo no corredor, mas escuto mesmo assim, e meu irmão também, e ao ouvir o que ele dizia, as lembranças invadiam minha memoria e começo a chorar novamente.

Os policiais algemaram o Chase, e olharam seus documentos que mostravam que ele já era de maior a um mês e meio, então ele seria preso por tentativa de estupro, e eu fui encaminhada para terapia com psicólogos especializados em abuso, onde fiz acompanhamento por dois meses, até que meus pais decidiram se mudar para Marahua, uma cidade litorânea, muito linda, o rapaz de olhos azuis penetrantes, meu salvador, nunca mais o vi, mas sonhava com aqueles olhos todas as noites, normalmente em meio aos pesadelos, quando ele aparecia e me salvava, mas acho que devido ao trauma, não lembro muita coisa do que aconteceu, e não lembro do rosto desse rapaz também, apenas dos olhos azuis que me olhavam no fundo dos meus olhos. Espero poder encontra-lo novamente para agradece-lo por me salvar.

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