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Maya Bellerose

Quando você é criança, só quer saber de crescer, para fazer o que acha certo.

Doce ilusão

Na adolescência se ilude fácil, com a vida boa que temos, o que é sair?

Aproveitar a noitada sem ter medo ou pressa de ter responsabilidade na vida.

Mas nem sempre tem muito tempo para aproveitar as regalias da vida.

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Mas quando se é adulto, temos que enfrentar cada obstáculo que vem na nossa vida, sem direito de reclamar ou fechar os olhos, conseguimos enxergar o quanto fazemos de errado no passado prometendo para si mesmo que não deixaria que seus filhos cometessem os mesmos erros, mais sabemos que nem tudo está em nossas mãos!

Às vezes temos que contar com a sorte ou até mesmo o destino! Assim começam as cobranças por sermos adultos! Levantar-se cedo ir para o trabalho, enfrentar a realidade da vida é para poucos que consegue manter o sorriso ou bom humor no final do dia ao chegar em casa, ou até mesmo deitar sua cabeça no travesseiro.

Quando me apaixonei por Adriel, pensei que minha vida iria mudar, pela forma que ele me tratava cheguei a pensar que tirara sorte grande por estar ao seu lado.

Mas como podia adivinhar que tudo não passava de uma doce ilusão?

No começo são flores, mas quando a rotina nos pega de jeito, mostra a verdadeira face de um homem.

Reconquista a pessoa amada é para poucos, muitos deixam de lado e vai em busca de novas prezas o que deixa bastante desgastante a vida de um casal.

O dia se torna exaustivo, as tarefas domésticas se tornam muito cansativa, e acabamos nos deixando levar pela rotina que não muda nunca, nos transformando em um robô, por isso que muitas mulheres não aguentam e começa as brigas sem fim, desaforos, divórcio e até mesmo as traições.

Até mesmo as brigas ficaram sem graças com Adriel, toda vez arrumava desculpas só para sair de casa e só voltava no meio da madrugada, e assim foi quase todo meu casamento, sempre focando em melhorar minha vida.

Por que sabia que meu casamento não iria durar por muito tempo?

O porquê ainda estava vivenciando esse casamento fracassado?

Uma pergunta que não tinha resposta. Quando descobri minha gravidez foi como um sonho realizado, só não esperava que fosse duas de única vez! Aí nasceu um pouco de esperança, pois teria o porquê de lutar e seguir adiante com o casamento mesmo beirando ao fracasso, seria por elas, pelas minhas filhas e seria isso que me daria força para enfrentar um dia por vez.

Meu casamento foi ficando cada vez mais difícil de aturar, foi aí que começou a bebedeiras e as noites fora de casa, tudo isso me doía bastante, por mais que não sentia mais nada por ele, mas tinha esperança de que ele iria mudar pela família, pois é me enganei.

E acabei enfrentando a gravidez sozinha, com muita força e coração cheio de amor por elas, com esse pensamento tinha minha esperança.

Quando ele vinha me tocar eu me sentia suja, por que não sentia nem atração por ele, tinha uma vontade de vomitar cada vez que ele se aproximava do meu corpo, foi aí que vi que não iria me submeter a essa situação de me deitar sem amor, sem desejo, nem mesmo tesão, não sentia por ele ao invés disso fui criando nojo, ranço, raiva, decidi pedir divórcio acreditava que seria o melhor a fazer naquele momento.

Mas tive que esperar as meninas nascerem, para poder dar um rumo em minha vida, como não trabalhava teria que começar a pensar o que faria, pois, a situação iria ficar bastante difícil para nós três.

Enquanto isso decidimos dormir em quartos separados, e assim foi se passando dias, meses, e até mesmo anos, até que chegou o dia que ele não vivia mais sob o mesmo teto que nós.

Quando as meninas completaram 5 anos ele decidiu me dar o divórcio e me deixou morando na casa, já que eu não tinha para onde ir, minha família morava em outro estado, já estávamos um tempo se nos falarmos, devido a minha mãe, sempre me acusando de coisas que eu não sabia. Mais decidi não criar rancor, eu sabia o que sentia por ela, por mais que essa raiva que ela tinha em seu coração por minha causa, meu irmão nós mal conseguimos nos falar, em uma vez ou outra eu ligava para saber como andava as coisas, mas nunca disse como estava a minha vida, pois saberia que eles iriam dizer que fiz a pior burrada em me casar com Adriel, por isso me mantive sozinha com minhas filhas, meu pai morreu a algum tempo e isso eu sentia muita falta, ele sempre tinha paciência comigo, conversava, me dava atenção sei que ele deve estar olhando por mim, pela minha família de onde ele está.

Quando me separei nessa época eu já trabalhava em um supermercado de caixa, o dinheiro não era muito, porque ainda tinha que pagar uma pessoa para cuidar das meninas. Como eram duas muitas vezes as babás desistiam devido dar muito trabalho e não tinha como pagar o dobro já que ganhava pouco.

Muitas vezes tinha que me virar em duas para não deixa nada para menina fazer, e sim só olhar as meninas.

Adriel não dava nada, tive que falar-lhe que teria que me ajudar porque mesmo eu trabalhando o dinheiro não estava dando cada dia que passava as coisas só aumentava deixando cada vez pior. Foi quando ele mais uma vez me surpreendeu e me ajudou na feira das meninas, como ele estava morando de aluguel alegava que não poderia dar um valor alto, não reclamei porque iria nessa altura me ajudar bastante, mesmo se mantendo longe das filhas, eu queria que ele se aproximasse das nossas filhas, elas sentiam falta dele. Foi tudo muito fácil, fiquei até com medo, quando minhas filhas completaram 5 anos só morávamos só nós três, minhas pequenas as deixavam durante o dia na escola e quando largavam iriam para a creche, por que a babá não podia mais prologar horário, por isso tive que colocar na creche até o horário que saía do trabalho, nesse período até comecei a estudar a distância para tentar algo melhor para nossa família, o que me deixou, mas triste foi que mesmo com passar do tempo Adriel se manteve longe das meninas, elas não mereciam o seu desprezo por serem meninas.

Mente machista como a dele, não tinha outro pensamento, tudo para ele o homem que mandavam, pagava contas, e até mesmo não aceitava que mulher trabalhasse, porque meu dinheiro não valia de nada ao ver dele. Palavras deles e não minha, já que tenho uma visão totalmente diferente, que a mulher sim, pode ser independe e sim pagar contas e nessas idealizações que vive nesse tempo todo.

Mesmo na minha rotina que é uma correria casa, filhas crescendo, estudando e ainda temos estados, mas juntas do que nunca, as meninas crescendo a cada dia, já estavam umas moças, e Adiel só tinha visto elas duas vezes.

É assim os anos foram se passando... E como minha família mora em outro estado se torna muito caro viajar com ela nas férias, então tento suprir a atenção delas como eu posso, aquele jeitinho que toda mãe faz para deixar seus filhos felizes.

Em ficar casa aproveitando com um filminho, ou ir à praia e até mesmo ir ao clube, que tem aqui perto de casa, já que as amiguinhas delas sempre vão, as meninas já estão entrando para a adolescência, é assim a mais de dez anos daqui apouco minhas bebês vão fazer 15 anos, parece que foi ontem que minhas bebês eram uns pacotinhos lindos que cabia em meu colo...

Hoje dia foi muito cansativo, tive que fazer hora extra sem querer, porque teve uma falta e como era na hora que se tem mais clientes, não poderia abandonar então tive que ligar para minha vizinha Maria que é meu anjo, que fica agora de olho nas meninas, ficar um pouco mais com as meninas, sei que elas já estão ficando adolescentes mais no bairro que moramos não podemos descuidar.

Me odiando por isso

. Assim que saio do trabalho, vou correndo para a casa, tentar descansar um pouco e aproveitar minhas filhotas. Quando término de me organizar, e aproveitar o restinho da noite com as meninas e depois que elas foram para a cama, eu só quero minha cama, por sorte amanhã será minha folga, amém! Parece até sonho quando chega a minha folga!

Assim que me deito, meu corpo parecer reclamar de tão cansado que estar, meu celular começa a tocar, me dá até uma preguiça de se levantar, mas a pessoa do outro lado da linha não desiste, então decido levantar-se para atender.

Quem estar com tanta persistência, que não poderia deixar para depois?

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